IFSul Camaquã será abastecida por energia solar

16/11/20 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Portal Solar 

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), localizado em Camaquã, no Rio Grande do Sul, anunciou que terá sua energia gerada por placas solares. O material chegou à instituição no final de outubro. Assim que instaladas, as placas de energia solar fotovoltaica permitirão que toda a escola tenha sua energia gerada por fonte solar, ou seja, se ternará autossuficiente em energia.

O valor do investimento e o tamanho do sistema não foram divulgados, mas o IFSul comemora a iniciativa e afirma que a fonte beneficia o meio ambiente e traz alternativa promove benefícios orçamentários ao campus.

O IFSul prevê que, com a grande redução da conta de energia que ocorrerá, os recursos financeiros poderão ser realocados em ações importantes para estudantes e servidores. Um sistema bem instalado pode gerar uma economia de até 95% na conta de luz, além de ter uma vida útil média de 25 anos.

A adesão à energia solar nos Institutos Federais não é novidade. Em 2107, por meio de um projeto desenvolvido pelo Instituto Federal Sul de Minas, os campi Bagé e Charqueadas receberam a geração de energia fotovoltaica.

Na época a estimativa de economia com energia elétrica no campus de Bagé era de R$ 34.800,00 por ano, tendo como base o consumo médio da unidade de 15.000 kWh/mês e a previsão de geração de energia do sistema de 8.000 kWh/mês. Já no campus de Charqueada o sistema abastece cerca de 53,5% da demanda interna da unidade, gerando uma economia mensal estimada R$ 8 a R$ 10 mil, segundo informações coletadas junto à empresa contratada, tendo como base os sistemas já instalados nos demais institutos federais, como os de Minas Gerais e de São Paulo.

Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Rio Grande do Sul acaba de ultrapassar a marca de 500 megawatts (MW) operacionais em geração distribuída a partir da fonte solar. O território gaúcho ocupa a segunda posição no ranking estadual da geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil.

O estado possui atualmente 43.439 sistemas em operação, que abastecem cerca de 53.054 consumidores, espalhados por mais de 490 cidades. Ou seja, mais de 90% dos 497 municípios gaúchos já possuem pelo menos um sistema solar fotovoltaico em funcionamento.

Um dos destaques no Rio Grande do Sul é o município de Caxias do Sul, que lidera a geração fotovoltaica no estado. Para Mara Schwengber, coordenadora estadual no Rio Grande do Sul da entidade, a região é estratégica no País para o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica. “O estado gaúcho possui um grande potencial para a tecnologia fotovoltaica e, com a atual presença da energia solar na geração distribuída, o mercado contribui de forma significativa para o desenvolvimento sustentável e econômico de toda a região”, comenta.

Segundo o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável em todos estados brasileiros. “A tecnologia fotovoltaica é essencial para a recuperação da economia após a pandemia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta”, conclui.