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Intersolar South America traz panorama do setor elétrico brasileiro e aponta estratégias para o mercado em transformação

A Intersolar South America, começou na terça-feira, 26 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo/SP, tratando da situação do segmento energético do País e do cenário de constantes mudanças do mercado em palestras e debates com especialistas.

No primeiro painel, “Panorama do setor elétrico brasileiro”, o mediador Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, apresentou o cenário atual da energia solar fotovoltaica, que cresce continuamente em participação na matriz energética brasileira, ocupando atualmente o segundo lugar. Destacou que mesmo que não possui sistema de geração de energia solar em casa obtém redução do custo com a conta mensal, o que democratiza o acesso à energia elétrica.

Defendeu o direito do consumidor de gerar sua própria energia e indicou o constrained-off como o principal problema para a geração centralizada, que sofre com os prejuízos causados pelos cortes de geração. A ABSOLAR tem buscado junto ao Poder Executivo a reclassificação dos cortes e a ampliação do prazo para pagamento de dívidas (stand still) com bancos públicos e de multas do MME.

Visões do MME, Aneel e EPE

A Diretora do Ministério de Minas e Energia (MME), Lorena Perim, comparou os cenários da geração de energia elétrica entre 2014 e 2024, com a diversificação da matriz energética brasileira, com destaque para a fonte solar fotovoltaica. Disse que o Brasil tem a maior participação de energia limpa entre os países do G20, mas apontou os principais desafios da expansão da infraestrutura energética, entre eles, as mudanças climáticas, a modicidade tarifária, as metas climáticas e as pressões exercidas pela urbanização e digitalização.

Afirmou que o MME está de regulamentar a geração offshore e hidrogênio verde, além da realização de leilão de suprimento de energia híbrida. O marco legal do armazenamento de energia está no horizonte da pasta.

O Superintendente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Carlos Mattar, tratou da estrutura do setor elétrico brasileiro e de suas características. Citou os avanços na matriz elétrica, mas que ainda existem 39 mil pedidos e 6GW de projetos de Geração Distribuída (GD) que ainda não foram autorizados. Ressaltou a importância da regulamentação dos sistemas de armazenamento.

Renata de Carvalho, Assessora da Diretoria de Estudos de Energia Elétrica da EPE, disse que a intenção dos gestores do sistema elétrico brasileiro é a de mitigar os cortes de geração no curto médio e longo prazo, e destacou que a partir deste ano a maioria dos cortes será por razão energética.

Curtailment em debate

O Diretor Geral da Volt Robotics, Donato da Silva Filho, retomou a discussão sobre os cortes de geração de energia elétrica a partir da fonte solar fotovoltaica e lamentou a falta de flexibilidade do sistema elétrico.

Vinicius Nunes, Analista Líder da BloombergNEF, ressaltou que a Micro e Minigeração Distribuída (MMGD) é a principal fonte para alavancar a transição energética no Brasil e que os cortes de geração vão seguir por um bom tempo e que, por isso, devem ser previstos nos novos projetos. Nunes apresentou uma experiência internacional bem-sucedida, em relação ao armazenamento de energia no Chile.

Como reagir à transição do setor elétrico?

Marcio Trannin, 1º Vice-Presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, mediou o painel “Novas Estratégias para um Setor Elétrico em Transformação” e, na ocasião, apresentou dados de projeção da matriz elétrica global e tendências para o mercado nacional.

Marília Rabassa, da Clean Energy Latin America (Cela), apresentou as perspectivas de novas demandas por energia e as tecnologias existentes para prover soluções para sua implementação, e ressaltou que a queda nos preços das baterias é um grande aliado do setor.

Reforma Tributária

O Sócio Gerente da Edelstein Advogados, André Edelstein, abordou os impactos da implantação do novo sistema tributário brasileiro para as operações com energia elétrica.

Priscila Lino, Diretora Executiva de Assuntos Regulatórios e de Mercado da Auren Energia, finalizou a sessão comentando o impacto no preço da energia devido à alteração da matriz para alta penetração das renováveis variáveis e o fim dos subsídios.

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