A energia limpa da China serve à reindustrialização do Brasil?
De veículos elétricos a turbinas eólicas, capital chinês impulsiona produção brasileira; desafio agora é transformar essa onda em empregos e valor agregado para o país
Aestrela de três pontas da Mercedes-Benz ainda paira sobre a rodovia em Iracemápolis, mas a antiga fábrica da montadora alemã está sob nova direção desde 2021.
A chinesa Great Wall Motors (GWM), atual proprietária das instalações, deve iniciar a produção no local ainda este mês. Embora a maior parte das vendas da GWM continue sendo de carros a gasolina, a nova fábrica em Iracemápolis terá foco em híbridos, com o modelo Haval H6.
Instalada no coração industrial do Brasil, no estado de São Paulo, a fábrica da GWM é apenas um dos vários investimentos recentes da China nos setores de energia limpa no país. Na Bahia, a BYD — maior fabricante mundial de veículos elétricos — já iniciou a produção do primeiro carro a bateria fabricado no Brasil, em uma unidade que antes pertencia à Ford.