Setor imobiliário poderá incentivar geração de energia solar

06/09/21 | São Paulo

Reportagem publicada no Farol da Energia do Brasil

A energia solar está ganhando cada vez incentivos de diferentes segmentos. Instituições bancárias, por exemplo, estão ampliando linhas de créditos para financiar projetos renováveis.

O Poder Executivo também não está de fora. A fim de apoiar o uso da fonte solar no estado do Maranhão, a Assembleia Legislativa aprovou no começo de agosto o PL 23/21 , que dispõe o financiamento e aquisição facilitada de sistemas fotovoltaicos por servidores públicos .

Agora, existe a possibilidade da tecnologia fotovoltaica ganhar também incentivo do financiamento imobiliário. Isso porque a legislação do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) poderá incluir valores correspondentes a equipamentos de geração solar e sua instalação, até o limite de 10% do valor do imóvel adquirido.

É o que estabelece o PL 2.015/2021 , de autoria da senadora Kátia Abreu (PP-TO). De acordo com ela, o objetivo da proposta, que está em tramitação, é tornar a instalação de painéis fotovoltaicos ainda mais acessível, especialmente pelas famílias de baixa renda que hoje têm dificuldade para arcar com o investimento inicial elevado desses sistemas.

“A solar residencial já é uma realidade para usuários que desejam produzir eletricidade limpa e renovável. O sistema consegue suprir todo o consumo de energia do imóvel, gerando economia de até 95% na conta de luz e pagando-se o investimento em até 7 anos”, ressaltou.

Ao propor o texto, Kátia também destacou o imenso potencial do Brasil para geração a partir do sol. “No local menos ensolarado no país é possível gerar mais energia fotovoltaica que no local mais ensolarado da Alemanha, um dos líderes no uso dessa fonte”.

Outro ponto enfatizado pela senadora é a importância da solar frente aos efeitos da falta de chuvas sobre o custo da energia numa matriz predominantemente hidrelétrica.

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“A crise hídrica, que dura há alguns anos, faz com que a tarifa de energia elétrica sofra alterações em meses de estiagem. Os hábitos de consumo também estão sendo influenciados, fazendo com que as pessoas passem a procurar uma alternativa para fugir das altas tarifas”, concluiu.

Fonte: Agência Senado