08/08/22 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Portal N10
Allianz Trade , empresa global especializada em seguro de crédito. De acordo com o estudo, até 2035 a expansão da capacidade de eletricidade renovável exigirá investimentos médios de 28 bilhões de euros por ano (diretos e indiretos – este último diz respeito às cadeias de suprimentos upstream dos investimentos em energia renovável). Isso induzirá um valor agregado adicional de 40 bilhões de euros por ano, que é 1,4 vezes o investimento ou 2,7 vezes o apoio fiscal do governo.
Enquanto isso, a expansão renovável empregará uma média de 440 mil trabalhadores no total de 2022 a 2035. No entanto, isso pode ser uma bênção ou uma maldição, na opinião dos especialistas. Se a economia continuar fraca, este será um estímulo econômico mais do que bem-vindo. Mas, se a economia voltar a um território de alta ou a recuperação das cadeias de suprimentos globais não acompanhar a expansão, isso pode induzir mais pressão de preços sobre recursos escassos, provocando inflação ou até facilitando uma espiral de preços e salários.
A análise do time de economistas da Allianz Trade inclui os benefícios econômicos de curto prazo para os primeiros cinco anos de operação das instalações. Sua contribuição para o valor agregado varia entre 37% para PV (energia solar fotovoltaica) de campo livre e 52% para eólica offshore. O volume de investimento ultrapassará 1% do PIB atual no final da década e, ao longo de todo o período, o valor bruto adicionado contribuirá em média com mais de 1% para o crescimento econômico.
No gráfico abaixo, os efeitos são mostrados no ano em que a expansão está prevista na legislação e em que as capacidades provavelmente serão leiloadas.
Na prática, esses efeitos serão suavizados ao longo do tempo. Os 440 mil empregos são calculados de forma bastante “conservadora” e contam apenas o impacto da expansão renovável. A contribuição real para o crescimento do PIB provavelmente será muito maior do que 1% ao ano.
