Fonte solar ultrapassa 1,2 mil empregos gerados no Acre, segundo ABSOLAR

12/01/23 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Minuto Rural

O Acre possui atualmente mais de 3,8 mil conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos, espalhadas por 21 cidades, ou 95,5% dos 22 municípios da região, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Atualmente, são mais de 4,2 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.

Conforme mapeamento da ABSOLAR, os acreanos contam com um excelente potencial para o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica por meio da geração própria. O estado possui 42,1 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
 
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Acre a atração de mais de R$ 210 milhões em investimentos, gerando mais de 1,2 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 70 milhões aos cofres públicos.
 
A potência instalada de energia solar distribuída no Acre coloca o estado na vigésima quinta posição do ranking nacional da ABSOLAR. Para Edlailson Pimentel da Silva, coordenador estadual da ABSOLAR no Acre, o avanço da energia solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
 
“Como muitos estados da região Norte do país ainda dependem dos combustíveis fósseis, mais caros e poluentes, para suprimento de eletricidade dos cidadãos e do setor produtivo, o crescimento da energia solar no Acre tem sido fundamental para melhorar a qualidade da energia elétrica no território acreano, garantindo mais segurança, autonomia e independência aos consumidores a partir de uma fonte limpa e renovável”, comenta.
 
Os consumidores interessados em instalar geração própria solar em residências, pequenos negócios e propriedades rurais têm cerca de seis meses para aproveitar regras mais vantajosas, previstas no marco legal da geração própria de energia renovável.
 
A Lei n° 14.300/2022 estabelece que consumidores que protocolarem o pedido de conexão do sistema fotovoltaico até o dia 7 de julho de 2023 terão um período de transição mais longo para a cobrança pelo uso da rede elétrica, com dois anos a mais, até 2030, melhorando a atratividade do sistema, com mais economia na conta de luz e menor tempo de retorno sobre o investimento.
 
Já para protocolos feitos a partir de 7 de julho de 2023, o período de transição se encerra em 2028.
 
Segundo Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, o crescimento acelerado dos projetos fotovoltaicos em residências, pequenos negócios, produtores rurais e prédios públicos está ligado principalmente a fatores como o alto custo da energia elétrica no País, a queda dos preços da energia solar e facilidade de financiamento com taxas atrativas.
 
“A energia solar ajuda a população e as empresas a se protegerem dos fortes aumentos nas contas de luz e contribui para a sustentabilidade do País. Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia fotovoltaica, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível”, conclui Sauaia.