MME divulga cronograma de leilões de energia nova para 2021, 2022 e 2023 e inclui fonte solar fotovoltaica em todos os certames

09/12/20 | São Paulo

Reportagem publicada no Portal Solar 

Para a ABSOLAR, medida reforça o protagonismo crescente da fonte no planejamento da expansão da matriz elétrica brasileira

O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou o cronograma estimado de leilões de energia nova para os anos de 2021, 2022 e 2023. Conforme a Portaria Nº 435, publicada no Diário Oficial da União, ficam estabelecidos leilões A-3 e A-4 em junho de 2021, A-5 e A-6 em setembro de 2021, A-4 em abril de 2022, A-6 em setembro de 2022, A-4 em abril de 2023 e A-6 em setembro de 2023.

Conforme a publicação, a fonte solar fotovoltaica foi incluída em todos estes certames. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) considerou a decisão uma importante conquista para o setor, “reforçando o protagonismo crescente da fonte no planejamento da expansão da matriz elétrica brasileira.”

Os dois leilões de energia nova programados para ocorrer em 2020, A-4 e A-6, foram adiados em razão da pandemia de COVID-19. Apesar disso, o segmento de geração solar centralizada seguiu avançando ao longo do ano, impulsionado por empreendimentos no mercado livre de energia.

Um recente levantamento da ABSOLAR aponta que o Brasil ultrapassou a marca de 7 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte. No segmento de geração centralizada, o país possui 3 GW de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,6% da matriz elétrica nacional. Em 2019, a fonte foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois leilões de energia nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh.

Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 15 bilhões.

Ao somar as capacidades instaladas dos segmentos de geração distribuída e geração centralizada, a fonte solar fotovoltaica ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das fontes hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combustíveis fósseis. A fonte solar já representa mais do que a somatória de toda a capacidade instalada de termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totaliza 5,6 GW.