4 formas de usar energia solar, reduzir a conta de luz e colaborar com meio ambiente

16/05/23 | São Paulo

Reportagem publicada pela Exame

Ter energia solar em uma residência ou empresa, seja no meio urbano ou em propriedade rural, deixou de ser um luxo e uma medida meramente ambiental e tornou-se a principal, mais barata e mais acessível alternativa para redução de custo e ganho de competitividade.

Como contratar energia solar?

Hoje, a tecnologia fotovoltaica é democrática, chega em todas as faixas de consumidores no Brasil, é fácil de instalar e possui sistemas de contratação para suprimento de eletricidade limpa a partir de usinas remotas por meio de assinaturas e consórcios, além da possibilidade de estabelecer contratos de longo prazo, com maior previsibilidade e blindagem contra a chamada inflação energética.

Há um enorme “cardápio” de fornecimento e uso de energia solar para todos os perfis econômicos de consumidores que precisam e querem fugir da escalada das tarifas na conta de luz e da famigerada bandeira vermelha.

Como o preço dos equipamentos fotovoltaicos cai de forma significativa no mercado internacional, cerca de 80% de queda na última década, e o próprio painel solar passa por evolução tecnológica, que eleva a eficiência de produção de eletricidade, os projetos fotovoltaicos possuem alta taxa de retorno e é considerado hoje o investimento mais rentável entre os investimentos conservadores no Brasil e no mundo.

Para ter uma ideia, segundo dados do Portal Solar, o retorno de investimento em energia solar no telhado chega a ser em média 25% ao ano. Ou seja, é um investimento com alta taxa de retorno e, de fato, é bem mais vantajoso instalar um painel solar do que guardar o dinheiro em um banco. Isso sem falar que o imóvel com sistema fotovoltaico tem maior valor no mercado imobiliário.

Outra facilidade é a crescente oferta de crédito para financiamento de projetos fotovoltaicos, que deixa a parcela da prestação quase no mesmo valor economizado na conta de luz, eliminando assim a necessidade de ter recursos próprios para a instalação de painéis solares.

Há atualmente mais de 100 linhas de financiamento de sistemas solares para consumidores, incluindo bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, o que têm ampliado o acesso à tecnologia por todas as camadas da sociedade, de todas as classes sociais.

Hoje, o Brasil possui 29 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, segundo dados da ABSOLAR. Atualmente, a solar é a segunda maior fonte do Brasil e representa 13,1% da matriz elétrica nacional.

A fonte solar já trouxe ao país cerca de R$ 143 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 39,4 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 868 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 37 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

1 – Painéis solares em telhados (geração junto à carga)

No modelo mais comum de geração solar distribuída, o consumidor gera a sua própria energia no mesmo local em que consome, com sistemas instalados nos telhados ou em terrenos próximos.

É a chamada geração junto à carga ou consumo local. O consumidor utiliza a energia dos painéis solares e o excedente é exportado para rede elétrica, gerando créditos que podem ser utilizados no período noturno ou em momentos em que não há geração nos equipamentos.

2 – Energia solar remota: assinatura e consórcio

Uma das grandes vantagens da energia solar é a flexibilidade e o modelo democrático de acesso. Há no país, por exemplo, a possibilidade de se contratar a energia solar via assinatura, da mesma forma como se faz com internet e tv a cabo, por exemplo, ou por meio de consórcios entre consumidores.

O serviço permite levar energia limpa e barata para imóveis alugados, locais sem cobertura para instalação de painéis solares e condomínios empresariais verticais, além de excluir a necessidade de investimento próprio num sistema fotovoltaico. A economia na conta de luz chega a ser em torno de 15%.

3 – Ter a própria usina solar remota (autoconsumo remoto)

Nesta modalidade, o consumidor, sobretudo pequenos e médios negócios, pode ter sua própria usina solar em outro local, a partir de contrato com uma empresa especializada no desenvolvimento desses projetos.

Essa usina pode abastecer várias unidades consumidoras, como rede de lojas e de franquias, por exemplo, desde que os estabelecimentos possuam a mesma titularidade, seja de pessoa física ou jurídica, e estejam dentro da área de concessão da distribuidora de energia onde a usina foi conectada.

4 – Contratação de energia solar no mercado livre

Os grandes consumidores de energia elétrica, como shoppings centers, indústrias e hipermercados, por exemplo, podem comprar energia limpa e renovável, como a solar, no chamado mercado livre – ou Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Esses estabelecimentos podem escolher o próprio fornecedor de eletricidade por meio de contratos de longo prazo, os PPAs (Power Purchase Agreement), com as comercializadoras de energia, que fazem toda a gestão entre consumidores e geradores de energia renovável. Aqui também a economia chega a 20% na conta de luz.

Enfim, como se pode ver, é muito fácil ter acesso à energia solar, limpa, renovável e barata. Há atualmente cerca de 30 mil empresas especializadas em projetos e instalação de sistemas solares em residências e estabelecimentos comerciais. Essa instalação é rápida, bastando apenas 24 horas em um projeto em telhado, e não gera quase nenhuma necessidade de manutenção.