ABSOLAR defende empreendedores com pequenas obras de transmissão

17/11/17 | São Paulo

Brasil Energia 

A ABSOLAR discute com seus associados a proposta de que empreendedores possam escolher assumir investimentos relativamente pequenos em equipamentos que aumentem margem de escoamento em subestações de interesse de seus projetos. “A proposta ainda está em desenvolvimento interno, mas que a gente pretende, ainda para este leilão A-4, é trazer o debate para que isso possa ser aprofundado e amadurecido junto com os tomadores de decisão da área, em especial o ONS e Aneel”, diz o presidente executivo da associação, Rodrigo Sauaia.

O que se imagina é dar ao empreendedor a possibilidade de assumir a responsabilidade por pequenas obras. “As vezes não é falta de capacidade na linha de transmissão, mas necessidade de troca de equipamentos comparativamente baratos, como disjuntores e outros dispositivos de proteção, que poderia ser realizada eventualmente com investimento do próprio empreendedor”, explica Sauaia. Assim, ao fazer uma oferta para vender um projeto em leilão, o empreendedor assumiria a responsabilidade também por algum investimento em infraestrutura.

A iniciativa é uma resposta a gargalos pontuais identificados na margem de transmissão para os projetos solares. Embora haja espaço para projetos contratados no próximo A-4, em estados que ficariam de fora do leilão de reserva de 2016, que acabou cancelado, como Bahia e Rio Grande do Norte, é preciso manter atenção, alerta Sauaia. “Para esse horizonte (2021, quando entram em operação projetos contratados no A-4) é menos preocupante do víamos para 2019. Mas isso não é motivo para relaxar”, diz.

Para ele, é preciso continuar a contratação de novos ativos de transmissão de energia, não apenas para dar base de referência para construção de novos projetos de geração como também intensificar o intercâmbio de energia entre as regiões do país, o que favorece a penetração das fontes renováveis.

Além de estados já citados, que voltaram ao leilão, mas permanecem com importantes restrições, o executivo cita a região norte do estado de Minas Gerais como um ponto que merece atenção do planejamento.

Apesar da iniciativa, o presidente da ABSOLAR avalia que a fonte tem a vantagem de estar bem distribuída no território nacional, não sendo tão afetada por restrições pontuais. “A nossa ideia é trazer esse debate para dar mais flexibilidade e mais participação do mercado na solução de problemas pontuais na área de transmissão”, comenta.