31/08/18 | São Paulo
A ABSOLAR defende a criação de uma política de Estado para promover o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica no Brasil. Para isso, propõe o objetivo de alcançar pelo menos 30 GW de energia solar na rede elétrica brasileira até 2030.
No próximo mês de outubro, as eleições presidenciais serão realizadas no Brasil. Diante do novo governo, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) recomendou a inclusão da energia fotovoltaica como ferramenta estratégica nos programas de governo dos candidatos à Presidência da República.
Também, reuniu-se com instituições governamentais, como o Ministério de Minas e Energia (MME), para propor medidas de alto impacto e rápida implementação capazes de impulsionar o uso da energia solar fotovoltaica no país.
Como medida central, a ABSOLAR recomenda a criação de um programa nacional de energia solar fotovoltaica que sinalize à sociedade brasileira, ao mercado e ao setor que a fonte será parte estratégica da política de desenvolvimento do país. Entre os objetivos, defende-se o objetivo de atingir pelo menos 30 GW de energia solar na matriz elétrica brasileira até 2030.
Com esse compromisso, o setor afirma que serão investidos R $ 100 bilhões em recursos privados no Brasil, o que contribuirá para gerar cerca de um milhão de novos empregos qualificados.
A primeira fase desse programa, que seria implementado no período de 2019 a 2022, poderá movimentar R $ 35 bilhões e gerar 350 mil novos empregos
Para viabilizar a meta principal de 30 GW até 2030, a ABSOLAR recomenda a criação de novas linhas de financiamento que permitam a democratização do acesso à tecnologia, para que residências, empresas, indústrias, produtores rurais e prédios públicos possam gerar sua própria energia renovável, limpa e competitiva a partir do sol, reduzindo suas despesas e aliviando seus orçamentos.
Os novos leilões convocados pelo Governo Federal também fazem parte da proposta, que vê projetos de grande porte como uma oportunidade de diversificar a matriz, aliviar a pressão sobre os recursos hídricos e reduzir o uso de termelétricas de emergência mais caras e poluidoras.
Para fortalecer a geração de empregos locais qualificados e trazer mais tecnologia e inovação para o país, a entidade defende a adoção de uma política industrial competitiva para reduzir os equipamentos fotovoltaicos fabricados no Brasil, reduzindo a alta tributação sobre as matérias-primas utilizadas pelo setor.
“O Brasil tem um atraso de 15 anos em comparação com os países desenvolvidos na área de energia solar fotovoltaica e, portanto, é necessário estruturar um programa nacional para o desenvolvimento do setor solar fotovoltaico brasileiro, tanto na geração centralizada como na geração distribuída, além de medidas que contemplem o avanço da cadeia produtiva do segmento “, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR.