Amazônia Que Eu Quero: projetos com energia solar e eólica podem ajudar comunidades no Amapá

08/01/22 | São Paulo

Reportagem publicada pelo G1

Universidade Federal do Amapá (Unifap) vem desenvolvendo ideias como sistema de captação de água por meio de energia renovável.

No laboratório de energias renováveis do curso de engenharia elétrica da Universidade Federal do Amapá (Unifap) vem sendo desenvolvido projetos com potencial de utilidade a comunidades ribeirinhas com dificuldade de acesso à eletricidade.

Um deles é a batedeira de açaí com uso de energia solar com base em um sistema de acoplamento direto, onde não se usa baterias. Com as placas solares instaladas é possível se absorver a luz dos sol e gerar energia elétrica pelo efeito fotovoltaico.

Além da batedeira de açaí, os pesquisadores ainda apresentaram um ralador de mandioca, utilizado por comunidades do município de Itaubal, a 100 quilômetros de Macapá, para fabricação de farinha.

Ainda há um projeto de sistema de captação de água gerido com energia solar. A máquina capta até 20 metros cúbicos de água por dia, o que significa cerca de 20 mil litros de água, segundo o professor e doutor em energia, Alan Ubaiara.

“Esse sistema foi instalado no município de Itaubal em 2010 e funciona até hoje. Agregado a esse sistema, que é de acoplamento direto, nós introduzimos um protótipo de um ralador de mandioca. Então ele bombeia água e produz farinha. Tudo com energia solar”, detalhou.

As pesquisas também ocorrem com uso de energia eólica para se obter energia elétrica e biogás, com aproveitamento de materiais orgânicos e dejetos humanos ou de animais.

As alternativas aos poucos têm levado vida nova às comunidades distantes, mas quem sabe podem se expandir às cidades, onde o uso de energia de fontes não renováveis, como usinas termoelétricas, que precisam de óleo diesel, tem aumentado.

De acordo com Ubaiara, o uso de fontes não renováveis pesa cada vez mais na conta de energia e no bolso do consumidor, além de poluir o ar com despejo de gases tóxicos. Com isso, o uso de energia limpa é uma grande alternativa.

“Nós não vamos conseguir universalizar a energia elétrica pelos modos convencionais. Então muitas dessas localidades você vai precisar soluções alternativas e independe da fonte”, orientou.

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Placas fotovoltaicas em usina de energia solar, em Macapá (Foto: Danillo Borralho/Rede Amazônica)