Ampliação de energia é o maior atrativo da privatização da Emae, avalia governo Tarcísio

19/04/24 | São Paulo

Reportagem publicada na Gazeta do Povo

Em janeiro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, entregou a primeira etapa de implantação da Usina Fotovoltaica Flutuante (UFF Araucária), na represa Billings, na capital paulista.

O secretário de Parcerias em Investimentos do governo de São Paulo, Rafael Benini , acredita que o principal atrativo da privatização da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), cujo leilão ocorrerá nesta sexta-feira (19) na B3 (Bolsa de Valores), é o potencial de expansão da geração de energia elétrica

“Tivemos as primeiras usinas com 130 megawatts de energia solar instalada. Só no lago da Billings há 1 gigawatt, sem contar o Guarapiranga. Há muita capacidade de exploração, sendo que já está contratado 130 megawatts”, diz ele.

Além da energia solar , há a capacidade de geração de energia térmica . “Há um contrato de construção de uma térmica a gás de 2,5 gigawatts em Piratininga, e há capacidade de expandir a capacidade hidrelétrica na usina de Edgard de Souza. Tem muita possibilidade de crescimento da Emae, isso que atraiu tanta gente para o leilão”, diz Benini.

Último ativo estatal ligado à energia no estado de São Paulo , a Emae recebeu três propostas para seu processo de privatização. O grupo EDF , líder francês em geração e transmissão de energia; a Matrix Energia , comercializadora de energia brasileira que possui um fundo de investimento suíço por trás; e o fundo Phoenix entregaram envelopes com as informações exigidas no edital.

De acordo com fontes ouvidas pela Gazeta do Povo , o empresário Nelson Tanure, um dos acionistas de referência da empresa de energia Light , está por trás de um dos fundos que apresentaram proposta de compra da Emae. O governo do estado de São Paulo mostra-se otimista com a venda do ativo e espera um leilão disputado.

“A gente teve três propostas entregues, isso já é um sinal de sucesso. Esperamos muita competição e até leilão de viva-voz, e que o resultado seja muito bom”, disse Rafael Benini, secretário de Parcerias em Investimentos do governo do Estado de São Paulo, à Gazeta do Povo