Bahia tem potencial para liderar setor de energia solar no Brasil

15/12/17 | São Paulo

Vector Solar 

Potencial solar elevado, terreno disponível com preço competitivo e topografia favorável para implantação de novas usinas são só alguns dos diferenciais que colocam a Bahia na liderança da atração de projetos de geração de energiafotovoltaica no leilão que irá contratar novos empreendimentos para suprimento de energia em 2021.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelos leilões de energia, a Bahia figura com o maior número de projetos inscritos para geração de energia solar, em comparação com outros estados, após registrar 160 projetos candidatos durante o processo de cadastramento.

Em todo país, as usinas fotovoltaicas, que captam a luz do sol e a transformam em energia, inscreveram até o dia 13 de setembro mais de 550 projetos, superando 18 mil MW (megawatts) de capacidade instalada. Pelo menos 30% destas concessões devem se converter na instalação de novas usinas de energia solar fotovoltaica no interior baiano.

Marcado para o dia 18 de dezembro, o Leilão A–4 é destinado às fontes renováveis com participação de projetos deenergia eólica, solar fotovoltaica, termelétricas a biomassa (incluindo bagaço de cana, biomassa florestal, biogás e resíduos sólidos urbanos) e pequenas centrais hidrelétricas, como explica o superintendente de Projetos de Geração da EPE, Thiago Barral.

“Os montantes a serem efetivamente contratados dependerão da demanda projetada pelas concessionárias de distribuição de energia para os próximos anos, que levarão em conta as perspectivas de recuperação da economia, bem como outras ações recentemente tomadas pelo governo para ajuste da carteira de contratos, trazendo maior realismo em relação aos montantes com os quais efetivamente é possível contar”, explica Barral.

A expectativa da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) é que a Bahia possa atrair de R$ 4,5 a R$ 5 bilhões em investimento no próximo leilão. “Todo Extremo-oeste baiano e a região do São Francisco são áreas de capacidade elevada, com bastante espaço para desenvolver grandes projetos. O estado tem um potencial imenso mais que ainda não foi aproveitado”, afirma o presidente da entidade, Rodrigo Sauaia.