10/06/22 | São Paulo
Reportagem publicada pelo The Greenest Post
Em vigor desde 16 de abril deste ano, a bandeira verde de energia trouxe um tão esperado alívio na conta de luz dos consumidores brasileiros, que enfrentaram 17 meses consecutivos de cobranças adicionais, incluindo os últimos 8 acréscimos da bandeira escassez hídrica.
Com essa redução no custo das faturas mensais, que segundo estudos do setor deve permanecer até o final de 2022, as vantagens da instalação de placas solares podem perder um pouco do brilho para alguns consumidores, mas essa mentalidade está equivocada.
As razões são várias, começando pelo histórico do sistema de bandeiras tarifárias, que desde sua implementação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em 2015, já trouxe 57 meses de cobranças adicionais na conta de luz, incluindo as bandeiras amarela, vermelha patamar 1, patamar 2 e a bandeira escassez hídrica, criada em setembro do ano passado.
Isso responde por 64% de todo o período de aplicação das bandeiras tarifárias e mostra claramente a situação problemática que o setor elétrico do país vem enfrentando nos últimos anos.
Outra perspectiva desfavorável para os consumidores são os pesados reajustes das tarifas residenciais das distribuidoras para este ano, que devem elevar, em média, 12% do valor da conta de luz em todo o país.
Somente no Ceará, o aumento anunciado foi de mais de 24%, causando forte reação na Câmara dos Deputados, que elaborou em urgência um projeto para adiar o reajuste no estado para ano que vem e, possivelmente, para o resto do país.
A medida, que soa como manobra eleitoral, poderia inflar ainda mais os preços da energia em 2023 e causou forte reação entre profissionais e empresas do setor elétrico.
Toda essa problemática na produção de energia do país promete novos aumentos na conta de luz para os próximos anos, os quais podem ser evitados com a instalação de um kit de energia solar.
Com mais de 10 Gigawatts de capacidade instalada atual, os sistemas fotovoltaicos seguem em franca expansão no Brasil como a melhor solução para quem deseja produzir a sua própria energia e ficar livres dos preços e aumentos da sua distribuidora por mais de 25 anos.
Hoje, mais de um milhão de estabelecimentos no país já são alimentados por painéis fotovoltaicos próprios, a maioria com a ajuda de linhas de financiamento de energia solar.
Segundo a projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a capacidade instalada de energia solar em Geração Distribuída no Brasil deve registrar um crescimento de 105% este ano frente ao total de 2021, chegando a 17,2 GW.