Baterias reutilizáveis fornecem energia limpa a comunidades na África

03/07/20 | São Paulo

Olhar Digital 

Pesquisadores da Universidade de Sheffield estão testando uma fonte de energia limpa e acessível em comunidades remotas em Serra Leoa como parte de um esforço para minimizar os efeitos da falta de uma rede elétrica em algumas regiões do país.

Veja também: Você sabe o que é um ciclone bomba? O Olhar Digital explica Netflix destina US$ 100 milhões em apoio à comunidades negras nos EUA Zuckerberg deve se reunir com organizadores de boicote ao Facebook Telegram devolverá US$ 1,2 bilhão por vender criptomoeda antes de ser lançada Provedores indianos estão bloqueando o DuckDuckGo

O sistema inteligente de aluguel de baterias pré-pagas, desenvolvido em parceria com a Mobile Power, usa estações de energia solar para recarregar as unidades, eliminando assim a necessidade de geradores de gasolina tradicionais e reduzindo os custos de energia para a população vulnerável em até 75%.

Um estudo da Mobile Power mostrou que, em 2016, 20% da renda familiar em Serra Leoa é gasta em iluminação e carregamento de telefones celulares – boa parte feito com baterias descartáveis, o que aliado com o fato de que o fornecimento de energia é feito com geradores movidos à gasolina, ainda cria um problema ambiental.

De acordo com o professor do Departamento de Eletrônica e Engenharia Elétrica de Sheffild, Dan Gladwin, o próximo passo é desenvolver baterias de íons de lítio significativamente maiores e intercambiáveis, que possam armazenar energia como parte de uma mini rede. A ideia é que as baterias sejam alugadas para uso doméstico, transporte e uso comercial, como frigoríficos para medicamentos em hospitais, e depois retornadas à rede para serem recarregadas.

“Essas novas baterias podem ser trocadas sem desligar o sistema de energia, e foram projetadas para maximizar sua vida útil. Para famílias em que o custo de conexão com a rede elétrica é proibitivamente alto, esses pacotes são facilmente transportados e são capazes de alimentar vários dispositivos por longos períodos”, explica Gladwin.

Via: University of Sheffield