BDMG lança Programa de Energia Fotovoltaica

08/12/17 | São Paulo

Tudo Sobre Economia Inteligente com Energia Solar 

Na última quarta-feira, 06/12, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG, apresentou seu novo programa de incentivo à energia solar fotovoltaica para a indústria. O lançamento ocorreu na sede do Banco em Belo Horizonte, com a presença de representantes de diversas entidades do setor, como a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), além da Secretaria De Estado Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia E Ensino Superior – SEDECTES, a FIEMG, SEBRAE e SENAI.

O programa visa fomentar o desenvolvimento da energia fotovoltaica em micro e pequenas empresas através de uma linha de financiamento específica e com condições especiais para viabilização de projetos e crescimento do setor em Minas Gerais.

Segundo o Diretor Técnico do SEBRAE, Anderson Costa Cabido, a iniciativa irá contribuir para a competitividade das empresas mineiras, criação de negócios e adensamento da cadeia de energia solar no estado, além de alavancar o desenvolvimento regional em municípios, como no norte de Minas, com baixos índices de desenvolvimento econômico, mas que têm um excelente ativo nos índices de radiação solar locais, os quais estão entre os melhores do país. Cabido, salientou ainda, a consonância do programa com o Acordo de Paris e a agenda de 2030 para o desenvolvimento sustentável.

Os representantes da ABGD, Gabriel Guimarães e ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, destacaram a importância do programa para a consolidação das perspectivas de crescimento da energia solar no Brasil em sintonia com o ritmo de crescimento mundial, cuja previsão aponta para um número de 1 milhão de instalações solares em até 2024, sendo que atualmente existem cerca de 17 mil em todo o país, e participação na matriz de energia elétrica de 32% até 2040.

Case de Sucesso

Na mesa, também estava presente o diretor da concessionária AKKA Mitsubishi de Sete Lagoas, Idalmo Sales, que falou sobre sua experiência com a implantação de um sistema fotovoltaico em sua empresa, destacando a satisfação com o sistema, já instalado há seis meses, e que terá um retorno do investimento em apenas 39 meses. Sales destacou ainda a importância da utilização da energia solar integrada com a tendência dos carros elétricos, que o mesmo também utiliza diariamente em suas viagens entre os municípios de Belo Horizonte e Sete Lagoas, com economia e satisfação pela sua contribuição com os cuidados do meio ambiente.

Diferenciais do financiamento

De acordo com o Gerente Geral do BDMG, Helger Marra Lopes, os principais diferenciais da linha serão a agilidade na liberação do financiamento e também as taxas diferenciadas, que cujo modelo só foi possível ser elaborado devido à participação dos diversos agentes do setor, presentes no evento.

A previsão é de que a linha seja disponibilizada já no início de 2018, e comtemplará empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões.

Outras ações

Juntamente com a criação do programa de financiamento, outras ações complementares foram apresentadas e discutidas pelos agentes, como os programas de capacidade de integradores, projetistas e instaladores para atendimento da demanda crescente de mão de obra qualificada no ramo. A expectativa é que seja criado um sistema de certificação envolvendo a ABGD, ABSOLAR e escolas de capacitação técnica, como o SENAI, que já conta com uma estrutura de treinamento de prisionais em energia fotovoltaica.

Outra iniciativa de destaque no evento foi apresentada pelo coordenador estadual do setor de energia do Sebrae Minas, João Paulo Palmieri, que falou sobre a proposta do órgão em selecionar 20 empresas que receberão subsídios para realização dos EVTE’s, estudos de viabilidade técnica e econômica para implementação de diversas ações de eficiência energética, incluindo a implantação de sistemas fotovoltaicos para geração de energia. Palmieri mencionou também os resultados de trabalhos anteriores realizados pelo SEBRAE, os quais levaram a reduções médias de 25 a 35% no consumo de energia das empresas participantes, em muitos casos, somente com ações simples, como a eliminação de desperdícios de energia não identificados pelos empresários antes da realização das consultorias.