18/10/22 | São Paulo
Reportagem publicada pela Exame
O acordo pretende auxiliar economicamente o avanço da energia solar no Brasil e beneficiar os consumidores com a redução do custo de capital para as empresas
A geração de energia solar trouxe ao Brasil mais de R$ 70 bilhões em investimentos, desde 2012, criando 387,6 mil empregos. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Pensando nesse contexto, a ABSOLAR e a Caixa assinaram uma parceria para disponibilizar linhas de crédito exclusivas para esse segmento de energia limpa.
O projeto tem como objetivo viabilizar novos investimentos em território nacional e estimular a criação de mais empregos, renda e oportunidades para empreendedores – além de ampliar o acesso à tecnologia fotovoltaica aos consumidores residenciais, pequenos negócios e produtores rurais. As linhas já estão disponíveis para os associados da ABSOLAR, mas a Caixa não divulgou os valores dos juros praticados. A expectativa é que os consumidores se beneficiem da redução do custo de capital para as empresas, que poderão praticar preços menores.
“O avanço da energia solar no Brasil é fundamental para o desenvolvimento econômico, social e ambiental e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população”, comenta Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR.
Ainda segundo dados da ABSOLAR, atualmente, o Brasil tem mais de 1,2 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, possibilitando opções mais econômicas e sustentáveis para mais de 1,5 milhão de unidades consumidoras. A Associação afirma que a tecnologia solar fotovoltaica está presente em mais de 5,4 mil municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina.
“A geração própria de energia solar representa um enorme potencial de geração de empregos e renda, atração de novos investimentos e apoio à sustentabilidade e ao combate às mudanças climáticas”, observa Sauaia.