“Calorão” e desconto em impostos tornam Cuiabá mais atrativa à energia solar

21/07/22 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Jornal Estadão Mato Grosso

Mato Grosso lidera a geração de energia solar dentre os estados da região Centro-Oeste, com 744 megawatts de potência, ocupando o quarto lugar no ranking nacional, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Já a capital mato-grossense lidera a geração solar dentre as capitais, com 125 MW de potência instalado.

O Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sindenergia) atribui esse resultado a basicamente três fatores: a boa irradiação solar, facilidade de aquisição do sistema e os benefícios fiscais. Na capital, por exemplo, quem tem energia solar instalada em casa pode pleitear desconto de até 25% no IPTU.

Tiago Vianna, presidente do Sindenergia, lembra que Cuiabá lidera a geração de energia solar há 14 meses, à frente de grandes capitais, como Rio de Janeiro (4º lugar), Brasília (3º lugar) e Teresina (2º lugar).

“São 14 meses à frente neste ranking, com uma produção de energia limpa que está em crescimento exponencial. Isso tem chamado a atenção de investidores para nossa a região, o que é muito positivo e bem visto”, destaca Vianna, que também pontua a alta procura pelos sistemas fotovoltaicos em Mato Grosso.

Atualmente, existem cerca de 180 grandes usinas de energia solar no Brasil, que são de geração centralizada, responsáveis por fornecer 1% da energia consumida no país, o que demonstra um potencial muito grande de crescimento do setor. Somado aos grandes produtores de energia solar, ainda existe a geração distribuída, que tem crescido de forma significativa nos últimos anos.

A geração distribuída é composta por sistemas de microgeração (até 75 KW) e minigeração (acima de 75 KW até 5MW) implantados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Somadas, a geração distribuída e a centralizada são responsáveis por injetar no Sistema Interligado Nacional (SIN) pouco mais de 2% da energia consumida.

“A procura por essa fonte de energia, além de ser renovável e limpa, aumentou consideravelmente nos últimos anos, principalmente, como forma de redução de gastos e economia na conta de energia elétrica com altas constantes nas tarifas”, afirma Tiago.