08/01/24 | São Paulo
Reportagem publicada pela Veja
Antes tomada de usinas de carvão e fuligem tóxica, província de Shanxi hoje lidera projetos verdes
A China iniciou na última sexta (5) seu mais arrojado projeto verde em anos, uma megausina de produção elétrica sustentável orçada em 55 bilhões de yuans, cerca de 7,7 bilhões de dólares.
Localizada na província de Shanxi, a megaplanta combina turbinas eólicas, painéis solares e armazenamento de energia utilizando super baterias.
Juntos, os parques eólico e solar terão capacidade para gerar 6 gigawatts de eletricidade por hora. Já as baterias poderão armazenar 3,4 gigawatts/hora.
A cargo da empresa estatal Jinneng, o parque estará conectado à rede chinesa até o final de 2025, e vai fornecer energia a Pequim e arredores.
Segundo a imprensa chinesa, o projeto está sendo erguido numa área outrora ocupada por usinas de carvão, uma atividade altamente poluidora e responsável por no passado tingir de cinza o céu das grandes cidades chinesas.
Na última década, porém, o governo do presidente Xi Jinping iniciou uma arrojada política de transição verde, fechando boa parte das fábricas com alto potencial poluidor.
Como resultado, o país vem batendo recordes impressionantes. Entre 2022 e 2023, os chineses dobraram a quantidade de painéis solares instalados no país.
“Espera-se que a província de Shanxi atinja o pico de produção a carvão até 2030, e depois comece a reduzir suas emissões”, diz Lauri Myllyvirta, especialista em poluição atmosférica do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo.