Cientistas criaram bateria renovável que recarrega em 10 segundos e nem sequer precisa ser ligada à tomada

08/08/22 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Click Petróleo e Gás

Cientistas desenvolveram uma bateria renovável que necessita de apenas de 30 segundos da luz solar dos painéis solares de perovskita para serem injetadas dezenas de minutos de carga nas baterias de futuros relógios inteligentes e outros aparelhos de pequeno porte. Jinxin Bi e cientistas da Universidade de Surrey, no Reino Unido, foram os responsáveis pelo desenvolvimento da bateria renovável e recarregável que não precisa nem mesmo ser ligada na tomada para ser recarregada.

Bateria dos cientistas utiliza painéis solares de perovskita

Para ser recarregado, o protótipo utiliza painéis solares de perovskita para recarregar uma bateria de íons de zinco, do mesmo tipo que recentemente empatou com as baterias de lítio em termos de capacidade de armazenamento de energia.

Quilo por Quilo, as baterias de zinco-ar podem potencialmente armazenar cinco vezes mais energia se comparadas com as de íons de lítio, entretanto as baterias de zinco e manganês, como as deste novo projeto desenvolvido pelos cientistas, podem ser mais atrativas e competitivas por serem finas e flexíveis.

Segundo o cientista, esta tecnologia disponibiliza uma estratégia promissora para o uso eficiente de energia renovável e também permite que a eletrônica vestível seja operada de forma contínua sem que seja necessário o carregamento plugado na rede.

O protótipo dos cientistas pode representar um grande passo em relação a como interagimos com equipamentos de vestir e outros dispositivos de IoT (Internet das coisas), como monitores remotos de saúde em tempo real.

Bateria renovável pode ser recarregada 100% em 10 segundos

Tanto a bateria de zinco e manganês (Zn-MnO2) quanto os painéis solares de perovskita foram produzidas em camadas aplicadas por um sistema a jato de tinta e eletrodeposição, um sistema de baixo custo. Segundo os cientistas, a microbateria de zinco otimizada apresentou uma densidade volumétrica ultra-alta de 148 mWh cm³ e uma densidade de potência de 55W cm³ na densidade de corrente de 400 C, permitindo compará-la com as microbaterias ou supercapacitores de última geração produzidos por métodos convencionais.

São esses indicadores que permitem que as baterias renováveis ultrafinas sejam carregadas rapidamente por células de energia solar, compondo um sistema de auto carregamento capaz de disponibilizar autonomia energética para eletrônicos miniaturizados. O protótipo levou a carga de 100% em apenas 10 segundos, gerando carga suficiente para suprir a demanda de sensores e uma luz de LED por quase uma hora.

Segundo o professor Wei Zhang, coordenador da equipe, as características exclusivas do seu sistema foto recarregável ultrarrápido podem gerar extensa aplicações na internet das coisas vestíveis auto alimentadas, eletrônicos de emergência e sistemas de energia autônomos. Além disso, expandirá a percepção e a visão sobre como projetar a próxima geração de sistemas fotovoltaicos flexíveis miniaturizados.

Cientistas do Japão desenvolvem bateria que transforma energia solar em eletricidade

Cientistas do NIMS do Japão, anunciaram um estudo sobre uma nova tecnologia para impulsionar a energia renovável. Foram criados novos tipos de baterias metálicas que podem gerar energia solar em eletricidade, podendo armazená-la por longos períodos.

A tecnologia tem como foco resolver as limitações dos métodos utilizados hoje em dia. Células fotovoltaicas atuais transformam a energia solar em eletricidade, entretanto não conseguem armazená-la a longo prazo. Desta forma, existem baterias avulsas que possuem um preço ainda mais elevado e com pouca eficiência.

O intuito é criar produtos que unem tecnologia fotovoltaica e baterias metálicas em apenas um aparelho. A abordagem dos cientistas do Japão testa vários tipos de baterias, incluindo lítio-iodo, lítio-enxofre, íon de lítio, íon de zinco, entre outros.