Com alta da energia elétrica, empresários encontram alternativas para economizar

26/06/21 | São Paulo

Reportagem publicada na CBN Curitiba

Nesta semana a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajuste na tarifa da Copel. Para os consumidores residenciais, o reajuste é de 8,97%. Também foi autorizado reajuste de 10,04% para consumidores de baixa tensão, que reúne consumidores residenciais e comerciais, e de 9,57% para os consumidores de alta tensão. Com isso, o reajuste médio chegou a 9,89%.

Em meio à pandemia, a rede varejista de alimentos, como hiper e supermercados, tem sofrido com essa realidade de alta na energia elétrica.

Segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a conta de energia é o segundo maior gasto de um supermercado, atrás apenas da folha de pagamento, representando um gasto de mais de 3 bilhões de reais no mercado varejista.

Dentre os maiores itens de consumo em um supermercado, encontra-se o sistema de refrigeração (40% de gastos), principalmente se o estabelecimento conta com açougue e câmaras frias, ar-condicionado (varia entre 30% e 50%) e iluminação, na média, até 20%.

Por conta dessa situação, muitos estabelecimentos têm buscado soluções para que esses gastos não minimizem ainda mais a sua margem de lucro. Uma das saídas encontradas pelo setor tem sido o investimento em energia fotovoltaica.

Jessé Jaelson da Silva, sócio e diretor de uma empresa de Curitiba que desenvolve tecnologia para energia fotovoltaica, diz que os supermercados são locais ideais para a implantação de projetos com rápido retorno sobre o investimento, alta capacidade de geração de energia, além de ser sustentável.

Um exemplo de adesão à energia fotovoltaica é o supermercado do Paulo Fontoura. A empresa, de Curitiba, fez a aposta neste sistema em novembro de 2020.

A conta de energia, que girava em torno dos R$ 1.800,00, caiu para perto de R$ 300,00 com o novo sistema, uma redução de 83% na fatura. Para a instalação e habilitação do sistema, foram gastos R$ 120 mil, que, dado os ajustes nos preços da luz, terá um retorno sobre o investimento em três anos.

Paulo Fontoura garante que a economia mensal já chega aos clientes da empresa.

Tiago Sarneski, especialista energia solar, destaca que, entre as vantagens deste sistema está a sua durabilidade. Em média, os equipamentos têm vida útil de 25 anos com baixíssima necessidade de manutenção, o que reduz ainda mais os gastos.

O Paraná é o sexto estado no ranking nacional com maior potência instalada, representando 5,2% da capacidade nacional, 308 MW. Fica atrás apenas de Minas Gerais, São Paulo, RS, Mato Grosso e Goiás. Os Dados são da ABSOLAR, divulgados dia 10 de junho de 2021.

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