19/12/17 | São Paulo
Oferta de projetos ultrapassa 20 GW com contratos disputados por fontes eólica, solar, biomassa e hídricas
Começou às 9h desta segunda-feira, 18 de dezembro, o primeiro leilão para contratação de nova capacidade de geração de energia após 18 meses sem numa disputa do tipo. O certame, o primeiro do tipo A-4 a ser realizado no Brasil, com início de suprimento em janeiro de 2021, é operacionalizado pela Câmara de Comercialização de EnergiaElétrica (CCEE) e pode ser acompanhado eletronicamente por meio do site da instituição.
A expectativa do mercado é que ao menos 1 GW de capacidade seja contratado, embora o secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, tenha revelado na última sexta-feira, 15 de dezembro, que a demanda declarada pelas distribuidoras para o período frustrou as expectativas do governo pela metade.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo planejamento do setor elétrico brasileiro, foram habilitados para a disputa 20,1 GW em projetos. As fontes eólica (9 GW) e solar (10,2 GW) se destacam. Além disso, haverá 414,5 MW de termelétricas a biomassa, 377,2 MW de PCHs e 44,1 MW de CGHs.
Na modalidade por quantidade, serão negociados empreendimentos hidrelétricos com prazo de suprimento de 30 anos. Já por disponibilidade, a negociação envolve usinas eólicas, solares fotovoltaicas e termelétricas a biomassa com prazo de suprimento de 20 anos. Para todos os produtos, o percentual mínimo de energia elétrica a ser destinada ao mercado regulado é de 30% da energia habilitada.
De acordo com o gerente de bioeletricidade da união da Indústria de Cana de Açúcar, Zilmar de Souza, o preço de R$ 329/MWh traz uma condição realista de mercado, já que está 31% maior que o do A-5 de 2016. Para a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Gannoum, o preço de R$ R$ 276/MWh dá uma sinalização muito importante para o mercado. Os R$ 329/ MWh estipulados para a fonte solar no leilão A-4 também foi motivo de elogio para o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Rodrigo Sauaia.