Consumo de energia cai pelo segundo mês consecutivo, aponta CCEE

14/12/21 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Brasil Energia

Demanda do país foi de 64.242 MW médios em novembro, declínio de 1,3% em relação ao mesmo mês de 2020

O consumo de eletricidade no Brasil registrou queda pelo segundo mês consecutivo, recuando 1,3% em novembro, em relação ao mesmo mês de 2020. No total, o país utilizou 64.242 MW médios do Sistema Interligado Nacional (SIN) no período.

De acordo com um dados divulgado pela CCEE, o recuo é reflexo da menor demanda do mercado regulado no mês, que apresentou declínio de 5,5%, ao utilizar 41.366 MW médios. Se excluirmos o efeito da migração de cargas no último ano, a retração seria de 3,4%.

Em contrapartida, o mercado livre avançou 7,2% na comparação anual, ao consumir 22.876 MW médios. Se desconsiderarmos as novas unidades, haveria uma evolução de 3%

Na avaliação do impacto da geração distribuída para o consumo de energia no ambiente regulado, foi constatado que o segmento teria um recuo menor, de 4,3%, caso não houvesse a instalação de sistemas de micro e miniprodução solar fotovoltaica nas residências e pequenos comércios do país.

Consumo por ramos de atividade

Entre os 15 ramos de atividade analisados pela CCEE, apenas os setores têxtil e de veículos apresentaram queda, recuando 0,5% e 3,3%, respectivamente.

As maiores altas no consumo foram registradas nos setores de saneamento (21,7%) e comércio (17,8%), ambos impulsionados pela grande quantidade de novas cargas que migraram no último ano.

Consumo regional

O boletim ainda aponta que a maior retração no consumo de energia foi identificada no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul, que tiveram quedas de 8% e 12%, respectivamente.

Os maiores aumentos, por outro lado, foram registrados nas regiões Norte e no litoral do Nordeste.

Geração

A geração de energia no país também recuou no período, apresentando queda de 0,9%, ao totalizar 67.250 MW médios.

Em relação às fontes, as usinas solares e as plantas eólicas apresentaram crescimento de 72,6% e 7,8%, enquanto as térmicas e hidráulicas registraram queda de 8,1% e 0,3%, respectivamente. As reduções das gerações hídrica e termoelétrica se justificam pelo aumento das chuvas em novembro deste ano.