10/11/21 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Brasil Energia
Com retração acentuada de 10,4% no mercado regulado, demanda do Sistema Interligado Nacional foi de 62.918 MW médios
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) foi de 62.918 MW médios em outubro, queda de 5,7% em comparação com mesmo período de 2020, informou a CCEE. Segundo a câmara, a redução na demanda é reflexo da ocorrência de temperaturas mais amenas nas regiões Sudeste e Sul, de acordo com dados prévios divulgados pela instituição.
O mercado regulado também registrou uma retração acentuada no consumo do mês, com volume 10,4% menor na comparação anual, ao atingir 40.614 MW médios, considerando as novas cargas que migraram para o segmento nos últimos 12 meses. Se desconsiderarmos as novas unidades, a queda seria de 8%.
Em contrapartida, o mercado livre apresentou um incremento de 4,2% na demanda, ao utilizar 22.304 MW médios. Se excluirmos o efeito da migração de cargas no último ano, o ambiente teria mantido estabilidade, com um leve recuo de 0,3%.
Outro fator importante é que, a análise da CCEE sobre o impacto da geração distribuída para o consumo no ambiente regulado constatou que, o segmento teria registrado uma redução menor em seu consumo, de cerca de 9%, caso não houvesse a instalação de sistemas de micro e miniprodução solar nas residências e pequenos comércios do país.
Consumo regional
No comparativo anual, as regiões Norte e Nordeste foram as únicas em que alguns estados registraram expansão no consumo de energia, com destaque para o Ceará e Rondônia, ambos com crescimento de 3%. As demais regiões tiveram queda na demanda por eletricidade. Os estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul recuaram 14%, 12% e 11%, respectivamente.
Geração
A geração total também registrou queda no período, ao produzir 65.417 MW médios, volume 5,8% menor do que em outubro do ano passado.
Como vem se verificando nos últimos meses, a produção hidráulica recuou 20,9% no mês, reflexo da crise hídrica enfrentada pelo país.
Em contrapartida, as térmicas apresentaram um crescimento de 19,8% na geração, seguido pelas usinas solares, com alta de 57,9% e das eólicas, com 20,8%.