19/01/21 | São Paulo
O país conta com a retificação dos dados previstos para 2020, que, segundo a AECEA, passam a atingir maiores números
De acordo com a análise realizada pela consultoria Asia Europe Clean Energy Advisory (AECEA), o território chinês irá acrescentar entre 34 a 38 GW à sua produção de energia fotovoltaica neste ano e, em 2021, entre 42 a 48 GW. Os dados foram retificados e apontam uma perspectiva positiva para 2020, uma vez que o órgão de administração nacional de energia indicou que o país adicionou 18,7 GW de capacidade de energia solar no fim de setembro.
Outro relatório recente foi rejeitado pela Associação da Indústria Fotovoltaica da China, o qual reavaliou as expectativas para números menores, de 35 a 45 GW para 35 a 40 GW em 2020. Entretanto, esses dados se encontram alinhados aos resultados obtidos pela AECEA.
Em face do acordo revelado pelo presidente Xi Jinping, que visa a alcançar a neutralidade de carbono até 2060, a AECEA prevê que o governo impulsione as propostas ligadas à energia renovável. Dessa forma, a Associação está se organizando para o próximo plano quinquenal, o qual deverá ser apresentado em março.
A China também conta com a expectativa de que, até 2030, 20% do consumo de energia primária seja oriundo das energias limpas. Como 15,3% já foi alcançado em 2019, existe a possibilidade do governo acrescentar uma meta de 18% a 19% até 2025.
No ano passado, as fontes renováveis preencheram 28% do total de geração de energia. Essa porcentagem poderá ser ampliada a uma meta de 32% para 2025. Já as energias renováveis não hídricas, as quais foram responsáveis pela produção de 10,2% da eletricidade chinesa em 2019, deverão atingir os 18,9% até 2025.
Diversas instituições, segundo questões levantadas pela AECEA, foram solicitadas a calcular a quantidade de energia solar que deverá ser utilizada para chegar aos objetivos. Sendo assim, os valores podem variar entre 47 a 64 GW, podendo chegar até 81 GW por ano. A partir dessa posição, até 2025, existe a possibilidade da China atingir a marca de 480 a 560 GW, sendo capaz de alcançar até 645 GW. Até o ano de 2030, a expectativa é de que a capacidade fotovoltaica atinja 119 GW e, de 2031 a 2035, marque os 150 GW por ano.
O segmento receberá auxílio de sistemas de armazenamento. Esses são imprescindíveis para as novas usinas em aproximadamente um terço das províncias da China, segundo a AECEA. Para além disso, a consultoria enxerga que os novos projetos de flexibilidade elétrica são capazes de garantir mais gigawatts para a demanda de energia solar fotovoltaica anual.
