26/07/16 | São Paulo
VALOR ECONÔMICO
O governo reviu sua posição e decidiu fazer dois leilões de energia de reserva (LERs) ainda este ano.
A decisão estará contida em portaria do Ministério de Minas e Energia que será publicada nos próximos dias, segundo uma fonte com conhecimento do assunto.
De acordo com a norma, o primeiro leilão será marcado para setembro.
Poderão participar do certame pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) – usinas com capacidade instalada entre 1 megawatt (MW) e 30 MW – e centrais de geração hidrelétrica (CGHs) – usinas de até 1 MW.
O segundo leilão será marcado para dezembro.
De acordo com o ministério, essa licitação será voltada para contratação de projetos de energia eólica e solar.
No fim de junho, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que estava cancelado o leilão de energia de reserva previsto para ocorrer na próxima sexta-feira.
A ideia era que a nova equipe energética do governo pudesse analisar o assunto com calma.
Na ocasião, ele também afirmou que seria realizado apenas um LER este ano.
O motivo era que não faria sentido realizar dois leilões em um momento de sobrecontratação de distribuidoras.
Ele, porém, salientou que era importante haver a contratação, neste ano, de projetos eólicos e solares e de pequenas hidrelétricas, para dar sustentabilidade a cadeia de fornecedores.
Não se sabe, porém, qual será o montante de energia que o governo pretende contratar nos dois leilões.
A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) defende a contratação de 2 gigawatts (GW) de projetos do tipo por ano.
Esse volume é semelhante ao pleiteado pela Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), para garantir uma carteira de encomendas de longo prazo para os fornecedores e atrair fabricantes estrangeiros para o Brasil.
A Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), por sua vez, defende a contratação mínima de 500 MW de energia de PCHs por ano.