22/04/24 | São Paulo
Reportagem publicada no Portal Solar
Setor adicionou US$ 320 bilhões para a economia mundial no ano passado, mostra estudo da IEA
A energia limpa adicionou cerca de US$ 320 bilhões a economia global em 2023, o equivalente a 10% do crescimento do PIB do mundo, mostra análise da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). O levantamento inclui investimentos na fabricação de equipamentos, na construção de usinas e as vendas de produtos como carros elétricos.
Além de fontes renováveis, a IEA considera a geração nuclear como uma forma de energia limpa. O estudo avaliou dados em nível nacional e apresentou resultados detalhados de quatro das maiores economias: Estados Unidos, União Europeia, China e Índia, que, em conjunto, representam dois terços do PIB global.
O PIB dos EUA cresceu 2,5% em 2023, com contribuição de 6% da energia limpa. Programas do governo federal, como o Inflaction Reduction Act, impulsionaram os investimentos na fabricação de equipamentos de energia limpa e as vendas de carros elétricos registraram crescimento.
A energia limpa respondeu por cerca de 20% do crescimento de 5,2% do PIB da China em 2023, com um forte acréscimo no parque gerador e avanço das vendas de veículos elétricos. A expansão na fabricação de equipamentos de energia limpa representou 5% do incremento do PIB no ano, embora o excesso de capacidade para algumas tecnologias, como baterias, pode limitar a continuidade desse segmento como um impulsionador de crescimento.
Na União Europeia, a energia limpa respondeu por quase um terço do crescimento do PIB em 2023. A IEA ressalta que essa parcela foi inflada em razão do fraco desempenho da economia na região, com o PIB avançando apenas 0,5% no ano. De todo forma, as políticas e metas climáticas do bloco estão impulsionando investimentos na indústria de energia limpa, que mais do que dobrou entre 2022 e 2023, com especial contribuição da fabricação de baterias.
A Índia foi a economia de crescimento mais acelerado em 2023, com incremento de 7,7% do PIB. A energia limpa contribui com um pouco menos de 5% desse avanço, principalmente com investimentos em capacidade de geração solar. Políticas governamentais também atraíram aportes na fabricação de equipamentos do setor.
