17/04/20 | São Paulo
O fato de o Brasil ter atingido hoje (13/04) a marca de 2,5 gigawatts (GW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos foi vista pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) como um resultado positivo das regulações do setor.
“O avanço dos sistemas fotovoltaicos em geração distribuída, que agora já ultrapassam os 2 mil GW de potência instalada, mostra como a ANEEL acertou ao regular esse tema”, disse ao Portal Solar o diretor-geral da ANEEL, André Pepitone.
“Foram os regulamentos da ANEEL, em 2012 e 2015, que permitiram que a tecnologia se expandisse, transformando os chamados “prosumidores” numa realidade no mercado brasileiro de energia, em processo semelhante ao que já foi observado em outros países onde essa prática também se desenvolve”, completou o executivo.
No entanto, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua com um mercado ainda muito pequeno, já que possui 84,4 milhões de consumidores de energia elétrica e apenas 0,3% faz uso do sol para produzir eletricidade (pouco de mais de 200 mil conexões).
Na comparação com outros países, o Brasil possui entre 10% a 20% das conexões existentes em nações como Austrália, China, EUA e Japão, que já ultrapassaram a marca de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos, bem como da Alemanha, Índia, Reino Unido e outros, que já superaram a marca de 1 milhão.
“Todavia, depois que passar a questão do isolamento pelo novo coronavírus, há uma boa perspectiva de melhorar este quadro no País, dado que o Governo Federal e o Congresso Nacional sinalizaram que pretendem desenvolver a geração distribuída a partir do sol”, aponta o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk.
“O próximo passo agora é construir um marco legal transparente, estável, previsível e justo, que desfaça a insegurança jurídica que paira sobre o mercado e que reforce a confiança da sociedade em um futuro com mais liberdade, prosperidade e sustentabilidade para os consumidores e a população”, acrescenta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.