06/07/16 | São Paulo
Só neste ano, o número de conexões instaladas no país subiu 99%. Até o fim de 2016, o setor projeta que a alta total chegue a 800%.
A disparada é fruto das recentes mudanças de regulamentação, aprovadas no fim do ano passado e em vigor desde março, que permitem que o excedente gerado possa ser descontado da fatura de energia elétrica.
“Além disso, o tamanho máximo dos sistemas subiu para 5 megawatts e foram criados mecanismos de compensação para condomínios e consórcios”, afirma o presidente da ABSOLAR (entidade do setor), Rodrigo Sauaia.
A tributação da energia ainda é um entrave, segundo ele.
Hoje, 16 Estados têm um convênio com o Confaz (conselho de política fazendária) para que o ICMS não recaia sobre energia gerada, o que reduz o custo em 20%, diz o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello.
Outra barreira é o alto preço dos equipamentos, hoje importados. A célula fotovoltaica representa 80% do custo de geração, segundo Mello.
Um programa de incentivo à microgeração, anunciado pelo governo federal em dezembro de 2015, promete desonerar a importação e criar novas linhas de financiamento ao setor. A implementação do projeto está em análise.
“Com a crise, porém, dificilmente algo sairá agora.”