05/10/17 | São Paulo
O Brasil acaba de atingir a marca histórica de 100 MW de potência acumulada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica instalados em residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e na zona rural. Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com 99% das instalações do País.
De acordo com a entidade, o Brasil possui atualmente 12.520 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede. Isso significa economia e engajamento ambiental a 13.897 unidades consumidoras. E mais de R$ 850 milhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do Brasil.
Consumo residencial
Atualmente, consumidores residenciais lideram o uso da energia solar fotovoltaica. Uma potência instalada de 42%. Em seguida, empresas dos setores de comércio e serviços (38%), indústrias (11%) e poder público (5%). Por último, sistemas localizados na zona rural (3%).
Quando avaliamos o número de sistemas instalados, a liderança dos consumidores residenciais fica ainda mais visível. Ou seja, 80% dos sistemas instalados em residências. Seguido por empresas dos setores de comércio e serviços (15%). Depois, indústrias (2%), consumidores rurais (2%). E outros tipos, como consumidores do poder público (1%), serviços públicos (0,2%) e iluminação pública (0,1%).
O presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, ressalta que o crescimento da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por três fatores principais. 1- a redução de mais de 75% no preço da energia solar fotovoltaica nos últimos 10 anos. 2- o aumento de mais de 50% nas tarifas de energia elétrica nos últimos dois anos. 3- um aumento no protagonismo e na consciência e responsabilidade socioambiental dos consumidores. Cada vez mais interessados em economizar dinheiro ajudando simultaneamente a preservação do meio ambiente.
“Celebramos com otimismo este passo histórico para a fonte solar fotovoltaica no Brasil, com a certeza de que teremos um forte crescimento do setor nos próximos anos e décadas. O Brasil possui mais de 81 milhões de unidades consumidoras. Há um interesse cada vez maior da população, das empresas e também de gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e estacionamentos para gerar energia renovável localmente. O objetivo é economizar dinheiro e contribuir para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos renováveis locais e de qualidade”, comemora Sauaia.
