Energia solar fotovoltaica será a principal fonte de geração da Europa em 2025, aponta AIE

09/10/20 | São Paulo

Elysia 

Agência aponta que patamar será atingido se os governos do continente manterem seus compromissos de descarbonização

O diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou que a energia solar fotovoltaica se tornará a maior fonte de energia da Europa, em termos de capacidade de geração, até 2025. Mas isso depende, segundo ele, de os governos europeus respeitarem o compromissos de descarbonização.

“Nossos números mostram que, se a Europa for capaz de atingir a meta líquida zero emissão, dentro de cinco anos, a energia solar será a capacidade de eletricidade número um na Europa”, disse Birol.

As previsões da AIE também chegam em um momento em que a Europa está preparando as bases para um aumento significativo da implantação de energias renováveis. A AIE também disse que as energias renováveis tem potencial para desempenhar um papel de liderança na recuperação econômica da pandemia.

Energia solar é o motor da recuperação econômica pós-pandemia

A CEO da SolarPower Europe, Walburga Hemetsberger, assinalou que a energia solar tem um futuro brilhante no continente, apesar dos impactos da pandemia de COVID-19. “Esses novos dados da AIE confirmam o que nossos estudos mostram: a solar se tornará a fonte de energia número um da Europa e está pronta para desempenhar um papel de liderança na transição do continente para um sistema neutro de emissões.”

Em abril, um relatório da AIE apontou que as renováveis seriam as únicas fontes que vão crescer em 2020. De acordo com a análise, esse tipo de geração, em especial solar e eólica, irão superar os problemas de cadeia de suprimentos causados pela pandemia e vão apresentar um incremento de cerca de 5% no ano.

“Em meio a essa crise econômica e sanitária sem precedentes, a queda de demanda de quase todos os principais combustíveis é impressionante, especialmente para carvão, petróleo e gás. Apenas as renováveis irão se sustentar durante essa queda no uso de eletricidade”, disse Birol na época, descrevendo a pandemia como um choque histórico para todo o setor de energia.