Energia solar lidera a expansão da matriz elétrica brasileira no 1º trimestre

16/04/24 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Portal Solar

Tecnologia respondeu por metade da capacidade adicionada no sistema elétrico nacional no período; segmento de geração distribuída já supera 2 GW em 2024

A energia solar liderou a expansão da matriz elétrica brasileira no primeiro trimestre de 2024, mostra levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Dos 2,6 GW de capacidade adicionada no período, 1,3 GW correspondem a 36 usinas fotovoltaicas de geração centralizada que entraram em operação no país.

Somente em março, 13 centrais solares fotovoltaicas acrescentaram 544,22 MW na oferta de geração elétrica do Brasil. De acordo com a Aneel, o restante da capacidade adicionada no trimestre é referente a energia eólica (1,2 GW), biomassa (57 MW) e hídrica (21 MW). O país concluiu o primeiro trimestre com 105 novas usinas.

A agência destacou que o resultado dos três primeiros meses do ano está em linha com a previsão de crescimento da geração de energia elétrica para 2024, de 10,1 GW. Este será o segundo maior avanço anual já verificado pela agência desde sua criação em 1997, atrás apenas do crescimento de 10,3 GW em 2023.

Já no segmento de geração distribuída, composto por sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, foram acrescentados 1,9 GW no país no primeiro trimestre. Dessa forma, somando com o segmento de geração centralizada, a capacidade instalada de energia solar fotovoltaica ganhou 3,2 GW no período.

2º maior fonte de eletricidade do país


Em 7 de março, a matriz elétrica ultrapassou a marca de 200 GW de potência. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME) 84,25% desse total correspondem a fontes renováveis, sendo 55% provenientes de usinas hidrelétricas.

As quatro maiores fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica brasileira são hídrica (55%), eólica (14,8%), biomassa (8,4%) e fotovoltaica (6,28%). Entre as fontes não renováveis, as maiores são gás natural (9%), petróleo (4%) e carvão mineral (1,75%).

Esse percentual atribuído a energia solar fotovoltaica leva em conta apenas as usinas de geração centralizada conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), excluindo os sistemas de geração distribuída. Levando em conta essa modalidade, a energia solar é a segunda maior fonte da matriz elétrica, superando 41 GW, ficando atrás apenas das hidrelétricas.

Conforme a Associação Brasileira de Energia fotovoltaica (Absolar), 13 GW correspondem a grandes usinas e 28 GW são referentes a sistemas de geração própria de pequeno e médio porte. Conforme a entidade, a tecnologia acumula mais de R$ 195 bilhões em investimentos no país, gerando mais de 1,2 milhão de empregos. Atualmente, a participação da fonte equivale a 17,4% da matriz elétrica brasileira.