Energia solar por assinatura deve movimentar R$ 10 bi em investimentos até 2025

08/12/23 | São Paulo

Reportagem publicada pela Epbr

Mapeamento da Greener aponta 4,2 GW de usinas fotovoltaicas em operação e construção para geração distribuída remota

BRASÍLIA — Levantamento da consultoria Greener das grandes usinas de geração distribuída remota em 2023 vê um cenário de aceleração do negócio no Brasil, com 4,2 GW acumulados desde o início da modalidade, há três anos, até setembro deste ano.

O volume considera usinas operacionais e em construção e representa um salto em relação aos 2,3 GW registrados em 2022.

De acordo com a Greener, o mercado deve ultrapassar a marca de 3 GW em instalações anuais até 2025, devendo movimentar mais de R$ 10 bilhões em investimentos nos próximos dois anos.

A modalidade de contratação de energia, em que o consumidor não precisa instalar equipamentos, mas obtém o desconto pelo uso de energia renovável na sua fatura está em alta entre o varejo, principal segmento de contratação, representando 43%, com destaque para farmácias e supermercados.

Já o setor de serviços, que inclui bancos, comercializadoras e gestoras de GD, somam 35%, funcionando também como canais para atendimento de consumidores.

A geração por assinatura também está ganhando clientes pessoas físicas. Hoje, o grupo — geralmente contratação residencial — representa 16% do total, ante 7% em 2022.

“Esse fator aponta tendência de ampliação da participação desse perfil na geração compartilhada”, observa o relatório ( .pdf)

A consultoria avalia que a geração compartilhada pode se manter viável a depender das novas regras que serão definidas após 2029/2031.

“Redução de preços de equipamentos, queda na taxa de juros e tributação são fatores que podem contribuir para maior atratividade do modelo de negócio”, pontua.

Desafios
Embora o mercado esteja indicando crescimento, a Greener pontua que a viabilização e implementação de novos projetos enfrentam desafios como conexão à rede e captação de recursos para investimento.

“A aceleração no volume de empreendimentos se esbarra em construtores experientes já atuando com capacidade máxima de obras sendo executadas em paralelo, fazendo com que a contratação de EPCistas (empreiteiros) também seja citada como um grande obstáculo”, completa.