Energia solar ultrapassa 24 GW na geração distribuída no Brasil

23/10/23 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Portal Solar

Mercado conta com 2,1 milhões de instalações beneficiando mais de 3,1 milhões de consumidores no País

A fonte solar chegou a 24 GW em operação no Brasil na geração distribuída (GD), mostram dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apurados pelo Portal Solar. A modalidade, que permite que consumidores brasileiros produzam a própria energia elétrica, soma 2,1 milhões de sistemas fotovoltaicos, beneficiando 3,1 milhões de consumidores.

Ao longo de 2023, já foram acrescentados quase 500 mil sistemas fotovoltaicos para 671 mil novos clientes, somando quase 6 GW de capacidade instalada. Somente nos últimos doze meses, o segmento ganhou 7,8 GW e quase 1 milhão de unidades consumidoras no país.

A classe de consumo residencial é a mais representativa do mercado de energia solar brasileiro, com 11,7 GW e mais de 2,1 milhões de consumidores. Em seguida vem os perfis comercial, rural e industrial, com 6,7 GW, 3,5 GW e 1,6 GW de capacidade instalada, respectivamente.

O estado líder na GD solar é São Paulo, com 3,24 GW de potência operacional, seguido de perto por Minas Gerais, com 3,21 GW. Já a cidade do país com maior capacidade instalada na modalidade é Florianópolis (SC), com 757 MW.

Estados com maior capacidade instalada na GD Solar:

Posição Estado Potência

1º São Paulo 3,24 GW

2º Minas Gerais 3,21 GW

3º Rio Grande do Sul 2,5 GW

4º Paraná 2,3 GW

5º Mato Gross 1,4 GW

Municípios com maior capacidade instalada na GD Solar:

Posição Município Potência

1º Florianópolis (SC) 757 MW

2º Brasília (DF) 296 MW

3º Cuiabá (MT) 221 MW

4º Campo Grande (MS) 214 MW

5º Teresina (PI) 199 MW

6º Rio de Janeiro (RJ) 197 MW

7º Fortaleza (CE) 193 MW

8º Goiânia (GO) 185 MW

9º Uberlândia (MG) 138 MW

10º Manaus (AM) 130 MW

Queda de preços melhora payback

O investimento em sistemas GD solar no Brasil apresentou melhora no payback entre janeiro e junho, mostra levantamento da consultoria Greener. Conforme o estudo, a queda de preços dos equipamentos fotovoltaicos trouxe impacto positivo para conexões realizadas após 7 de janeiro, enquadradas no segundo período de transição das regras de compensação (GD II).

De acordo com o relatório, os preços dos sistemas fotovoltaicos para cliente final em junho apresentaram queda de 17% em relação a janeiro. Os principais fatores foram a redução dos preços dos painéis solares, a desvalorização do dólar e o alto nível de estocagem dos distribuidores de equipamentos.

Na pesquisa, foram calculados o retorno de investimento para sistemas de energia solar fotovoltaica residenciais, comerciais e industriais. Foram constatadas reduções médias no payback de 15%, 20% e 13%, respectivamente, sendo a queda do capex o principal fator para a melhora.

A Greener indicou que, no caso das instalações residenciais, o retorno do investimento variava entre 3,8 e 5,7 anos nos estados do país em janeiro. Em junho, essa faixa caiu para 3,1 e 4,8 anos. Para instalações comerciais, o retorno variava de 3,3 a 4,8 anos em janeiro e passou para 2,4 a 3,7 anos em junho. O payback para conexões industriais saiu de uma faixa de 4,5 a 7,2 anos para uma de 4,0 a 6,3 anos.