02/10/23 | São Paulo
Reportagem publicada em O Setor Eletrico
São Paulo é protagonista na produção de energia solar entre os estados brasileiros, registrando maior potência instalada de energia fotovoltaica na geração própria em telhados, pequenos negócios e terrenos. Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a região possui mais de 3 gigawatts em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
O estado possui mais de 334,3 mil conexões operacionais, espalhadas por 645 municípios, ou 100% dos municípios paulistas. Atualmente são mais de 389,8 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou à São Paulo a atração de mais de R$ 15,6 bilhões em investimentos, geração de mais de 92,6 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 3,9 bilhões aos cofres públicos.
Para o coordenador estadual da ABSOLAR em São Paulo, Pedro Drumond, o avanço da energia solar é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
“O estado de São Paulo é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta.
Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, acredita também que o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade e protagonismo internacional do Brasil, além de aliviar o orçamento das famílias e ampliar a competitividade dos setores produtivos brasileiros.
“A fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento do país. Em especial, temos uma imensa oportunidade de uso da tecnologia em programas sociais, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, na universalização do acesso à energia elétrica pelo programa Luz para Todos, bem como no seu uso em prédios públicos, como escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques, entre outros, ajudando a reduzir os gastos dos governos com energia elétrica para que tenham mais recursos para investir em saúde, educação, segurança pública e outras prioridades da sociedade brasileira”, conclui Sauaia.