Expansão da solar deve ser de pelo menos 13,5% no mundo este ano, aponta BNEF

25/02/21 | São Paulo

Canal Energia 

Em 2020 foram adicionados 141 GW em novos projetos, a estimativa para 2021 é de no mínimo 160 GW a até 209 GW

A expansão da fonte solar em 2021 deverá continuar seguir em crescimento depois do resultado apurado em 2020. Segundo o relatório da BloombergNEF sobre o primeiro trimestre do ano para o mercado fotovoltaico, é esperado pelo menos a inserção de mais 160 GW da fonte a até 209 GW em um cenário mais otimista. Um aumento de 13,5% a até 48%.

Para a empresa, nem mesmo as restrições de oferta deverão levar à desaceleração do mercado, o que deve manter os preços mais elevados. Entre as estimativas do relatório da BNEF, está a projeção de que a maioria dos mercados de energia solar crescerá em 2021, especialmente a Índia, que tem um grande número de projetos atrasados ??em 2020, e a China, que deve manter o crescimento para manter o curso para sua meta de zero líquido para 2060.

A tecnologia dos produtos de polissilício e capacidade de wafer estão planejadas. Junto com a nova capacidade de vidro esperada, deve haver oferta adequada assim que novas fábricas entrem em operação. Embora o polissilício seja o gargalo, aponta, os preços provavelmente se estabilizarão em torno de US$ 12/kg este ano.

“Há muita capacidade de módulo, e esperamos que os preços caiam para cerca de US$ 0,19 /W para módulos padrão baseados em wafers de 166 mm, com módulos de formato maior comandando um prêmio em mercados sem tarifas comerciais punitivas”, estima a BNEF.

Na análise da empresa, há silício suficiente de fora de Xinjiang para atender à demanda, mesmo que os EUA e a Europa estabeleçam sanções efetivas aos produtos dessa província. Essa questão pode exigir que os fornecedores de lingotes mantenham alguns produtos sem mistura para abastecer esses mercados, o que pode aumentar ligeiramente os preços e favorecer a First Solar, o principal fornecedor de módulos não baseados em silício.

A participação dos mercados da América do Sul e Central deverão perder espaço na corrida para outros que tiveram menor expansão no ano passado conforme o gráfico abaixo. Os três maiores são China continental, Europa e América do Norte/Caribe.