19/11/20 | São Paulo
A SunFarm, fazenda de energia solar para consumo remoto, com 427kWp de potência, será instalada em Gravatá, em Pernambuco. A usina, da empresa RR Energia, terá capacidade para gerar até 626 MWh no primeiro ano. O projeto irá abrir 20 empregos diretos. A produção de energia terá início no segundo semestre de 2021.
Segundo o dono da RR Energia, Ruben Robeiro, a SunFarm atuará alugando geradores de energia solar para consumidores de pequeno e médio porte atendidos pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). A primeira fase do projeto, que terá início ainda em novembro, será destinada para captação de investimentos pelo Brasil. O valor alvo é de R$ 2 milhões e os investidores poderão participar com cotas a partir de R$ 10 mil na modalidade equity.
A Bloxs, plataforma que intermedeia investimentos alternativos, será responsável pela captação de investidores, inclusive, essa será a primeira oferta de investimento via Bloxs no Estado. No caso da SunFarm serão comercializadas cotas a partir de R$ 10 mil, porém o mesmo cliente pode comprar mais de uma cota. A rentabilidade está estimada em 14% ao ano. “A expectativa é que todas as cotas sejam comercializadas em 30 dias”, afirma Cristal Freitas, Head de marketing da Bloxs.
A segunda fase do projeto será a implantação dos painéis e geradores e a terceira, prevista para o segundo semestre de 2021, começará a produção, o aluguel de geradores de energia e a distribuição dos lucros aos investidores.
Na opinião de Ribeiro, que já gerencia quatro fazendas menores de consumo remoto, também em Gravatá, quem busca energia solar hoje são empresários ou comerciantes que querem diminuir o valor de suas contas de energia e investir numa fonte limpa. “A fazenda funciona da seguinte maneira: o cliente aluga um gerador fotovoltaico instalado que irá produzir energia na SunFarm.
Essa produção é direcionada à Celpe e será abatida na fatura do consumidor em forma de crédito. A economia pode chegar a 15%. Os aluguéis dos geradores também serão comercializados a partir de R$ 10 mil”, explica.
A RR Energia já tem contratos com mercados, farmácias, academias e empresas de alimentação locais como a Asfora & Advogados Associados, HMED – DESCARTEX, D’leve, Drogafonte, Oka Gym, Empório BN, Beto’s Bar e Temix Japa Food. “A energia solar agrega valor para esses empreendimentos, pois demonstra que a marca está preocupada com sustentabilidade e com o meio ambiente”, afirma Ribeiro.
“Apesar da crise econômica, o setor de energia solar cresce. Estou otimista e espero triplicar minha produção este ano e triplicar também em 2021”, completa o gestor. Ele destaca que a produção atual da RR Energia em Gravatá é de 670 MW por ano. Este será o primeiro projeto da RR com captação de investimentos por cotas.
Tanto a RR Energia, criada em 2018 e a Bloxs (2017) são novas no mercado. A RR Energia já está na sua quinta fazenda solar em Gravatá. A empresa trabalha com locação de gerador fotovoltaico, venda e instalação de projetos solar de micro e mini geração distribuída, operação, manutenção e gestão de usinas fotovoltaicas e gestão de energia no mercado livre. Toda a produção é realizada em Gravatá, agreste pernambucano.
Já a Bloxs, de Salvador, é pioneira em investimentos alternativos através de projetos no mercado imobiliário, agronegócio, energias renováveis e até de eventos no Brasil. O mínimo para aplicar, os juros e prazos variam conforme o projeto. Todo o processo é 100% online e autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Buscamos projetos estruturados para investir em Pernambuco. A cada 20 projetos, aprovamos um”, completa Cristal Freitas, head de marketing da Bloxs. A empresa já tem mais de 20 projetos no portfólio nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Bahia, Ceará e, agora, Pernambuco e intermedia investimentos de até R$ 5 milhões.