29/06/20 | São Paulo
Nos primeiros cinco meses deste ano, os empreendimentos fotovoltaicos, já operacionais, contribuíram com mais de R$ 2 bilhões em impostos aos cofres públicos, segundo levantamento feito pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Além disso, mais de R$ 6 bilhões foram investidos no setor fotovoltaico brasileiro de janeiro a maio deste ano, e mais de 1236 MW foram adicionados em capacidade instalada no Brasil, uma alta de 27,3% em relação ao mesmo período de 2019.
O levantamento ressalta a importância do setor fotovoltaico na retomada da economia brasileira, mesmo com a queda da atividade econômica em todo o país devido à pandemia da Covid-19.
Ainda segundo o estudo, o mercado fotovoltaico gerou mais de 37 mil empregos no período . Sendo que só no mês de maio, foram criados 7,2 mil postos de trabalho, investidos mais de R$ 1 bilhão em novos investimentos e arrecadados aproximadamente R$ 424,5 milhões em impostos.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, a energia solar tem sido uma alavanca poderosa para reaquecer a economia brasileira nos últimos anos.
“No Brasil, durante a crise dos anos de 2015 e 2016, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de 3,8% e 3,6% negativos, respectivamente, uma verdadeira catástrofe econômica. Enquanto isso, o setor solar fotovoltaico estava movimentando o país em outra direção: cresceu mais de 100% ao ano e ajudou a reestruturar a economia brasileira mais rapidamente. Passada a fase mais aguda desta pandemia, o setor irá novamente alavancar a recuperação do Brasil”, comenta.
Já Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, destaca que a fonte solar fotovoltaica é uma ferramenta estratégica em prol da competitividade e do desenvolvimento sustentável.
“Além de ser limpa, renovável e cada vez mais competitiva, a solar alivia os gastos dos consumidores com eletricidade, protegendo-os de aumentos recorrentes nas tarifas. Com isso, fortalece a economia do país e acelera os setores produtivos brasileiros, do agronegócio ao comércio, dos serviços à indústria. E ainda ajuda na recomposição dos cofres públicos e no cumprimento das metas ambientais assumidas pelo Brasil internacionalmente”, ressalta Sauaia.