10/03/21 | São Paulo
Brasil Alemanha News
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), os projetos de usinas solares fotovoltaicas cadastrados nos Leilões de Energia Nova (LEN) A-3 e A-4 de 2021, anunciados semana passada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), respondem por 62,5% de toda a potência disponível nestes certames do governo federal.
Os leilões serão realizados de forma sequencial, em 25 de junho de 2021, com a participação de empreendimentos solares fotovoltaicos, eólicos, hidrelétricos e termelétricos a biomassa. Ao todo, foram cadastrados 1.841 projetos, totalizando 66,8 gigawatts (GW) de potência, o equivalente a mais de um terço da potência atual da matriz elétrica brasileira.
A fonte solar fotovoltaica foi destaque, com o cadastro de 1.050 projetos, totalizando 41,8 GW MW de potência. O Nordeste foi a região com mais projetos cadastros, liderado pela Bahia com 597 projetos, totalizando 20,7 GW.
Para o vice-presidente de Geração Centralizada da ABSOLAR, Anderson Garofalo, há um interesse crescente do setor solar fotovoltaico brasileiro em contribuir para a expansão da matriz elétrica nacional. “A fonte solar é atualmente uma das melhores soluções para a expansão da capacidade de geração de energia elétrica renovável do Brasil, além de ter alta capacidade de contribuição para geração de empregos em curto, médio e longo prazos”, destaca.
No segmento de grandes usinas solares, a chamada geração centralizada, o Brasil possui atualmente 3,1 gigawatts (GW) de potência operacional, o equivalente a apenas 1,7% da matriz elétrica do País. “Em 2019, a solar foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh”, acrescenta o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados do segmento ultrapassam a marca dos R$ 16 bilhões, com R$ 9 bilhões adicionais já contratados a serem investidos até 2025.