Francisco Beltrão lidera implantação de novos projetos de energia solar na região

09/10/21 | São Paulo

Reportagem publicada no Jornal Beltrão

Editora Jornal de Beltrão também implantou sistema de energia fotovoltaica, com capacidade para produzir, em média, cinco mil kw/h por mês.

Há dois anos, o empresário Ito Barbieri optou pela energia fotovoltaica para aliviar a conta de luz do seu mercado, no Bairro Nossa Senhora Aparecida, em Francisco Beltrão. A fatura que chegava a R$ 6 mil, no verão, caiu em média 80% e o investimento na diversificação da energia vem sendo ainda mais vantajoso nestes meses de bandeira tarifária vermelha.

“É um dinheiro bem investido, vale à pena considerando o retorno imediato”, resume Ito. Levantamento da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) aponta que o gasto com energia é o segundo maior custo do setor, atrás apenas da folha de pagamentos.

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Além do empresário, outras centenas de beltronenses estão aderindo à energia solar. É esta a percepção do leitor do JdeB Eder Mazzochin, que sugeriu uma reportagem buscando a quantidade de novos sistemas que estão sendo implantados na cidade.

No ano passado, o município foi o que teve mais unidades que passaram a contar com as placas fotovoltaicas, gerando eletricidade por meio da radiação solar. Foram 337 novos projetos, segundo dados da Copel, que considera o número de imóveis com energia distribuída conectada à rede elétrica.

Neste ano, até ontem, havia sido 256 projetos implantados e já conectados à rede – além de outros que estão instalados e aguardando a interligação com a rede. É o caso da Editora Jornal de Beltrão S/A, que neste ano também investiu na geração de energia limpa e autosustentável. O conjunto instalado na empresa tem capacidade para produzir quase cinco mil kw/h, por mês, e irá suprir quase toda a demanda de energia do jornal e do parque gráfico. São 94 placas e um inversor capaz de suportar a instalação de mais 22 e que devem começar a produzir energia em breve.

Empresas do setor fotovoltaico têm visto uma corrida em busca de novos projetos, causada especialmente pelo aumento do custo da energia devido à estiagem e pela possibilidade de tributação pelo uso da rede de distribuição, conforme noticiou o JdeB, há algumas semanas. Outro ponto interessante é que projetos de usinas solares têm se tornado mais comuns, boa parte devido ao licenciamento facilitado em comparação com centrais hidrelétricas.