Geração solar avança 53% na primeira quinzena de abril

29/04/20 | São Paulo

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A fonte solar fotovoltaica apresentou forte aceleração de geração na primeira quinzena de abril frente ao mesmo período no ano passado, avançando 53,3%, para 692 megawatts (MW) médios. Os dados preliminares, que se referem às grandes usinas e fazendas solares, estão presentes no boletim InfoMercado Quinzenal divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

A fonte eólica também apresentou avanço no período, de 23%, para 3.928 MW médios. O avanço é resultado da recente ampliação da capacidade instalada das duas fontes, com a entrada de novas usinas em operação, explica Carlos Dornellas, gerente da área de Segurança de Mercado & Informações da CCEE.

A geração hidráulica, que reúne hidrelétricas de grande e pequeno porte, teve retração de 14,4% na geração de energia na comparação anual, para 46.595 MW médios. Da mesma forma, a geração termelétrica verificou retração de 13,8% no período, para 8.052 MW médios.

Os dados indicam ainda uma retração de 12,1% na produção de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), caindo de 67.404 MW médios no ano passado para 59.267 MW médios em 2020. A geração de autoprodutores de energia também verificou queda na primeira metade de abril, de 9,5%, para 1.087 MW médios. “A queda reflete os efeitos das medidas de contenção ao novo coronavírus sobre a demanda de energia, aprofundados pelo feriado da Sexta-Feira Santa em abril deste ano”, destaca Dornellas.

Consumo

O consumo de energia no SIN nos 15 primeiros dias de abril teve redução de 13,6% ante o mesmo período no ano passado, caindo de 64.156 MW médios para 55.453 MW médios. No Ambiente de Contratação Regulada (ACR), que reúne os consumidores que compram energia diretamente das distribuidoras, a queda na demanda foi de 12,0%, para 39.578 MW médios. Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), cujos consumidores podem escolher o fornecedor da energia, diretamente ou via comercializadoras, o consumo retraiu 17,1%, para 15.875 MW médios.

A maior parte dos ramos de atividade apresentaram quedas representativas no consumo de energia no mercado livre. As maiores retrações foram dos setores de veículos (73,9%), têxteis (54,4%), bebidas (45,7%) e serviços (41,2%). Ao se expurgar efeitos de migrações de clientes cativos para o ACL, este apresentaria queda ainda maior, de 20,8%.