Geração solar fotovoltaica registra 11% de crescimento na primeira quinzena de outubro, informa CCEE

28/10/20 | São Paulo

Reportagem publicada no Portal Solar 

Fonte registrou geração média de 770 MW, frente a 694 MW no igual período de 2019

A geração solar fotovoltaica apresentou 11% de crescimento na geração na primeira quinzena de outubro, informa boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A fonte registrou geração média de 770 MW, frente a 694 MW no igual período de 2019. A geração total do sistema apresentou incremento de 4,9%, com as usinas hidrelétricas mostrando elevação de 16,9%.

As fontes térmica e eólica tiveram queda na quinzena, com -13,4% e -16,8%, respectivamente, na comparação anual. De acordo com a análise, os primeiros quinze dias do mês confirmaram a tendência de crescimento no consumo de energia elétrica sinalizada nos últimos meses, registrando um aumento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2019. O valor representa a maior variação positiva observada até o momento neste ano.

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Os dados preliminares apontam que no Ambiente de Contratação Regulada, houve um aumento de 3,4%. Já no mercado livre, a alta foi de 8,2%. A CCEE ressalta que, ao excluir o impacto das migrações de consumidores entre os ambientes, é possível observar um crescimento ainda maior no consumo no mercado regulado, de 5,5%. Por outro lado, na avaliação com expurgo, o aumento do Ambiente de Contratação Livre é mais brando, chegando a 3,2%.

Conforme o estudo, a tendência de alta no consumo dos segmentos econômicos foi mantida, com 11 dos 15 ramos de atividade analisados apresentando crescimento. Destaque, mais uma vez, para os ramos de saneamento (31,4%), comércio (20,3%) e bebidas (15,6%). “Parte do movimento, porém, é explicado pela migração de novos consumidores desses setores para o ACL”, aponta o boletim.

Ao expurgar o efeito, destacam-se novamente o crescimento do ramo de bebidas (11,3%) e dos setores de metalurgia e produtos de metal (8,9%) e minerais não metálicos (7,9%), ramos representativos por serem intensivos na utilização de energia.

Ao analisar o comportamento do consumo por região, a CCEE observou aumento em 25 das 27 unidades federativas do Brasil. Apenas o Rio Grande do Sul e Pernambuco tiveram retrações no período, na comparação com a mesma quinzena de 2019. Entre as maiores altas, figuram os estados do Mato Grosso (19%), Mato Grosso do Sul (18%) e Tocantins (15%).