26/01/21 | São Paulo
Quedas de energia são uma dor de cabeça, principalmente para condomínios. O problema se intensifica na primavera e verão, quando o volume de chuvas aumenta bastante, possibilitando mais chances eventuais de um apagão.
Para garantir a segurança e o acesso das pessoas em prédios, alguns condomínios da capital paulista investem em tecnologia e na aquisição de geradores, que podem contar com até 35 horas de autonomia e custar R$ 200 mil cada.
O engenheiro Anderson Barreto Amâncio, sócio-proprietário de uma empresa que instala sistemas inteligentes em condomínios, afirmou que geradores e lâmpadas emergenciais "são o básico" para minimizar problemas decorrentes da queda de energia. "Mas mesmo esses itens podem ser sofisticados, ao serem monitorados e operarem por meio de softwares", explicou Amâncio.
Quando um gerador é monitorado por um computador, acrescentou Amâncio, o sistema distribui a energia gerada pelo equipamento de forma logística, evitando com isso desperdícios e também aumentando o tempo de autonomia do equipamento.
Além dos geradores, a empresa dele também oferece nobreaks. Esses aparelhos mantêm a distribuição de eletricidade entre duas e até mais de seis horas. O sistema de nobreaks pode ser usado em apartamentos, por conta dos moradores, e em áreas externas de prédios, como explicou o síndico profissional Antonio Carlos Barbosa. A empresa de consultoria dele administra oito condomínios na capital paulista.
O principal em apagões, segundo Barbosa, é garantir a segurança do prédio. Para isso, portões de acesso, assim como sistema de monitoramento e de alarmes precisam ser mantidos sempre em funcionamento.
O condomínio administrado há quase quatro anos pelo gerente de patrimônio Mecenas Antonio David Júnior, em Pinheiros (zona oeste), conta tanto com geradores, monitorados por computador, como com nobreaks externos. "Quando cai a energia no condomínio, quem está fora dos apartamentos nem percebe", afirmou Júnior.
Além dos geradores e nobreaks, todos os ouvidos pela reportagem afirmaram que captar energia solar é um bom negócio para condomínios. A instalação desses equipamentos depende de aprovação em assembleia. Por se tratar de uma obra útil, o quórum deve ser de 50% dos presentes mais um. Para escolher a empresa que vai executar o serviço, o síndico deve colher ao menos três orçamentos.