Governo estuda fazer parcerias com empresas na gestão de rodovias, parques e presídio no Tocantins

17/07/20 | São Paulo

G1 

Lista inclui ainda centrais de abastecimento, projetos de saneamento, energia solar e banda larga de internet. Rodovias no entorno de Palmas também estão nos estudos preliminares.

O governador do Tocantins Mauro Carlesse (DEM) autorizou a realização de estudos para incluir empresas na construção de obras e gestão de uma série de serviços no estado. Na lista estão rodovias existentes e futuras, terminais rodoviários, parques naturais, projetos de saneamento, energia solar, internet e até um presídio.

O projeto vai se chamar "Programa de Parcerias de Investimentos do Tocantins" (Tocantins PPI). Ele será lançado na próxima semana, mas ainda não há prazo para que nenhuma das atividades comece a ter participação da iniciativa privada.

O comunicado do governo cita 'parques naturais' como uma das áreas que vai passar pelos estudos. O G1 questionou se isso inclui o Jalapão, que é o principal destino turístico do estado e como o programa pode refletir nas atrações que já são particulares dentro do parque e aguarda retorno do Estado.

No item das rodovias, chama a atenção a presença do trecho entre Palmas e Porto Nacional da TO-050. A União publicou uma portaria para iniciar o processo de federalização do trecho e ainda não está claro se a transição não vai mais acontecer ou se terá um formato diferente da que estava prevista. O governo também foi questionado a respeito do tema.

Quase todas as estradas que chegam a Palmas estão na lista das que devem entrar no programa. Isso inclui ainda a rodovia para Paraíso do Tocantins, que deve ser duplicada pelo estado antes de passar ao controle da iniciativa privada. Os estudos devem definir por exemplo a quantidade de praças de pedágio em cada rodovia.

O governo afirma que antes de entrar em vigor os projetos vão passar por "rigorosos levantamentos e estudos". E que todo o processo será "acompanhado pelos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas e o Ministério Público, e terá ainda ampla participação e controle social, por meio das audiências públicas".

As áreas que entraram no estudo inicial podem ser descartadas caso não seja identificado potencial de investimentos e qualificação.