24/01/23 | São Paulo
Reportagem publicada pela Exame
O crescimento global da preocupação com a construção de um mundo mais sustentável não é novidade. Mas o fato é que agora, mais do que ativismo ou uma simples tendência, a preservação do meio ambiente se consolidou como uma necessidade estrutural no mercado de trabalho – e já está moldando os chamados empregos do futuro.
“Nós estamos experimentando um momento sem precedentes na história, onde estamos reimaginando o futuro do trabalho. Enfrentamos uma necessidade urgente de fazer a transição de nossa sociedade para uma economia verde capaz de enfrentar a ameaça da mudança climática. Precisamos ampliar as habilidades que impulsionam esses empregos (as chamadas habilidades verdes) e formar um plano de ação”, alerta o relatório Global Green Skills 2022, divulgado pelo Linkedin no ano passado.
De acordo com o documento, a participação de talentos verdes na força de trabalho global saltou 38,5% entre 2015 e 2022 – e a tendência é que este número continue crescendo. Para ter ideia, cerca de 10% dos anúncios de emprego publicados na plataforma – que coleciona aproximadamente 800 milhões de usuários – ao longo do ano passado já exigiam explicitamente pelo menos uma “habilidade verde” dos candidatos.
E não estamos falando apenas das milhares de vagas abertas na área de sustentabilidade em si, mas também de oportunidades para advogados, arquitetos, comunicadores, designers, economistas e diversos outros profissionais que já estão sendo cobrados por isso – e que precisarão se requalificar para que consigam se manter no mercado de trabalho daqui para frente.
“O impacto da transição verde reverberou em todos os setores e países do mundo — nenhum ficou de fora”, diz o relatório.
Detentor de uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil está bem-posicionado quando o assunto é o “esverdeamento” do mercado de trabalho.
Prova disso é que aparece na frente de países como Alemanha, França, Dinamarca e Nova Zelândia no ranking que mostra a intensidade com que trabalhadores de diferentes regiões do mundo estão aplicando habilidades verdes em seus empregos.
Ainda de acordo com o relatório, 20% das startups brasileiras já têm funcionários com habilidades verdes. O índice está acima da média global (que é de 18%).
O futuro do trabalho será verde
De acordo com um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a consolidação da economia verde tem potencial para gerar um saldo positivo de 15 milhões de empregos
Nesse contexto, a EXAME apresenta a série especial Carreira na Economia Verde. Um treinamento virtual e gratuito que promete revelar tudo o que você precisa saber para construir uma carreira alinhada às novas necessidades do mercado e se tornar um dos profissionais mais completos e disputados pelas empresas atualmente.
As aulas irão ao ar entre os dias 6 e 14 de fevereiro.
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