Avanços do mercado de energia solar

12/03/24 | São Paulo

O papel do armazenamento de energia na transição para fontes renováveis

Por: Seane Lennon

Reportagem publicada pelo Agrolink

Foto: Pixabay

O mercado de armazenamento de energia desempenha um papel fundamental na transição energética em curso no Brasil, que visa substituir fontes de energia não renováveis, como os combustíveis fósseis, por fontes limpas e renováveis, como solar, eólica e hidrelétrica.

De acordo com um estudo da Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Brasil atingiu um marco importante em 2023, registrando um recorde na produção de energia renovável. No mesmo ano, 93,1% de toda a eletricidade gerada no país provinha de fontes renováveis, incluindo hidrelétricas, parques eólicos, fazendas solares e usinas a biomassa, conforme informações divulgadas pela UCB. Dados mais recentes do Governo Federal indicam que a geração de energia elétrica no Brasil, também em 2023, alcançou a menor taxa de emissão de carbono dos últimos 11 anos.

Marcelo Rodrigues, Vice-Presidente de Negócios da UCB, líder brasileira em soluções e fabricação de armazenamento de energia para aplicações estacionárias e baterias para mobilidade elétrica, destaca: “A solução de geração solar e armazenamento representa um importante pilar para políticas de transição e segurança energética, fortalecendo as iniciativas de universalização para levar energia a regiões remotas e para a hibridização de sistemas isolados.”

No que se refere aos avanços no setor, merece destaque o progresso tecnológico que permeia toda a cadeia da energia solar e de armazenamento, especialmente o potencial das baterias de lítio, que apresentam maior durabilidade, tempo de recarga reduzido e menor impacto ambiental. A UCB foi pioneira na fabricação de baterias de lítio no Brasil, e suas soluções já estão presentes em mais de 40 mil instalações em sistemas de geração, principalmente em comunidades isoladas sem acesso à energia de qualidade.

Com o aumento da participação da energia solar na matriz elétrica, surge a necessidade de gerenciar sua intermitência, apontando para um futuro promissor de aprimoramentos no ambiente regulatório. “Avanços normativos relacionados ao potencial de aplicação de armazenamento em reserva de capacidade e aumento das aplicações de baterias em aplicações distribuídas possibilitarão uma melhor gestão da energia solar gerada, controle de excedentes e redução da dependência da rede”, acrescenta Marcelo.

À medida que a transição energética avança, espera-se que o mercado de armazenamento de energia cresça e se desenvolva para atender à demanda por soluções mais eficientes e escaláveis. Os projetos concebidos a partir do uso de baterias e painéis fotovoltaicos estão diretamente ligados à transição energética e à descarbonização. Somente nos projetos implementados na Amazônia, até o momento, a UCB já impactou mais de 168 mil famílias e evitou mais de 77 mil toneladas de CO2, equivalente ao plantio de 556 mil árvores na Floresta Amazônica e no Cerrado.