Implementação de energias renováveis abre novas vagas de trabalho

19/06/21 | São Paulo

Reportagem publicada no Portal Prime News

Os desafios da transição energética e a busca por fontes de energia renováveis passam por processos de modernização no setor elétrico, com implicações no campo da educação. É o que mostra estudo do Ministério de Minas e Energia sobre a demanda por formação profissional do setor produtivo e a oferta de qualificação, com foco em ocupações futuras na área de energia.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a geração de energia renovável no país vem crescendo de forma relevante nos últimos 15 anos, especialmente as fontes solar e eólica. O estudo estima que o setor de energia solar fotovoltaica gerou mais de 265 mil empregos desde 2012. E o de energia eólica deve gerar 200 mil novos empregos diretos e indiretos até 2026.

No Acordo de Paris, o governo brasileiro se comprometeu, até 2030, a aumentar a participação de bionergia sustentável para 18%; alcançar 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico; expandir para 33% o uso de fontes renováveis, entre outros. Esses compromissos se unem a esforços globais para diminuir a emissão de gás carbônico e reduzir o efeito estufa que altera o clima.

A coordenadora-geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia, Samira Sousa, explica que novas áreas de atuação profissional estão sendo consideradas no setor, como habilidades para modelagem, simulação e comunicação, controle e otimização de sistemas.

A gestora explica que o país se destaca na utilização de energias renováveis. O Brasil foi pioneiro na elaboração de um programa de etanol, um dos biocombustíveis mais antigos; também possui um programa de biodiesel. Na área elétrica, há ainda as fontes renováveis de energia hidráulica e termelétricas a biomassas.

O estudo indica que a melhoria das condições de oferta e uso da energia pode proporcionar o aumento de jovens no mercado de trabalho. Além disso, as novas áreas de interesse têm permitido o aumento da participação de mulheres.

O levantamento foi realizado em parceria com a Alemanha, país que tem sido referência em transição energética, na área de eficiência e em tecnologias de redução de emissões de carbono.