29/06/20 | São Paulo
Apesar dos impactos causados pela pandemia, o mercado solar brasileiro continua crescendo e apresentou forte crescimento no primeiro semestre do ano em relação a 2019.
Segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o país registrou 74.428 novas instalações até o dia 25 de junho, somando uma potência de 898 Megawatts (MW).
O volume representa um aumento de 70% da capacidade instalada no mesmo período do ano passado, enquanto o número de sistemas cresceu mais de 75%.
A maioria das instalações continua entre os telhados residenciais, que somam mais de dois terços dos geradores solares conectados no período.
Por meio das populares placas solares e demais equipamentos do kit de energia solar, esses sistemas podem gerar toda a energia consumida no imóvel e reduzir a conta de luz em até 95%.
Outro benefício da tecnologia é a imunidade da inflação energética, vantagem que agora atrai mais consumidores assustados com os novos aumentos provocados pela pandemia.
Empresas e comércios também seguem apostando na energia solar, e o número de instalações comerciais cresceu 74% em relação ao primeiro semestre de 2019.
Mas a maior expansão da energia solar foi no segmento rural, no qual o número de sistemas cresceu mais de 96%, quase o dobro do instalado no período do ano passado.
Com grande consumo elétrico mensal e acesso a linhas de financiamento incentivadas, é comum para os consumidores do campo conseguirem instalar seu sistema e pagar a parcela com a economia na conta.
No total, o Brasil já possui mais de 251 mil telhados solares que somam uma potência instalada de 2,95 Gigawatts (GW), de acordo com os dados da Aneel.
O volume já é maior que a capacidade de grandes usinas solares em operação no país, que totalizam 2,92 GW, segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Após a queda abrupta das vendas sofrida no início da pandemia, o mercado agora inicia uma gradual recuperação, com mais consumidores interessados na solução da energia solar.
Com um cenário favorável no país, estima-se que a tecnologia também mantenha a curva de crescimento em 2020, assim como aconteceu nas crises econômicas de 2015 e 2016.