17/03/20 | São Paulo
Economizar na conta de luz através de um sistema de energia solar é uma solução que está mais acessível para os brasileiros este ano. A informação é baseada nos dados do último estudo estratégico da empresa Greener sobre o mercado fotovoltaico brasileiro de geração distribuída, lançado no começo de fevereiro.
Segundo o estudo, os preços de aquisição da tecnologia para o consumidor final registrados em janeiro de 2020 tiveram redução média de 9,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os responsáveis por esse barateamento foram os equipamentos do kit de energia solar, que apresentaram redução média de 6% comparado a junho de 2019.
Em conjunto com as várias linhas de financiamento para energia solar oferecidas no país, a tecnologia hoje está mais acessível que nunca aos brasileiros. A pesquisa foi elaborada de acordo com as informações de 884 empresas de energia solar entrevistadas no mercado de geração distribuída.
Com base na média de valores apresentada, um sistema residencial de pequeno porte, capaz de atender um consumo de até 300 quilowatts-hora/mês, custa hoje no Brasil cerca de R$12 mil. O preço é metade do custo atual do carro popular mais barato no país e um dos motivos que explicam a rápida popularização da tecnologia.
Com a economia de até 95% obtida na conta de luz, o consumidor ainda obtém o retorno do investimento em pouco tempo, cerca de 3 a 6 anos, muito abaixo dos 25 anos de vida útil do painel solar. E é justamente a economia nas faturas que o brasileiro quer, sendo ela a principal motivação de compra da tecnologia apontada por 92,7% das empresas.
Por outro lado, a maior objeção registrada ainda é o custo dos sistemas, considerado caro por 31,5% dos consumidores atendidos pelas empresas analisadas na pesquisa. A solução para esse impasse está nos financiamentos, forma de pagamento utilizada por 81% das entrevistadas.
Um dado interessante revelado pela pesquisa foi o aumento de empresas com foco exclusivo na tecnologia fotovoltaica, sinal do crescimento de mercado e aumento no faturamento. De acordo com a mais recente projeção da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), atualmente o Brasil possui 14 mil empresas no segmento de geração distribuída.
Com os preços mais acessíveis e maior oferta da tecnologia, a associação prevê um salto da capacidade instalada da tecnologia e cerca de R$16,4 bilhões em investimentos em 2020.