Instituto substitui bomba e gerador por solar para captação de água

10/01/23 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Canal Solar

O IHP (Instituto Homem Pantaneiro), organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua na preservação do bioma Pantanal e da cultura local, está apostando em eficiência energética

A entidade anunciou que conseguiu substituir a captação das três áreas que gere na Serra do Amolar – as RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) Acurizal, Engenheiro Eliezer Batista e o Sítio Serra Negra, bem como o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense.

Com a mudança, agora, toda a eletricidade usada para o bombeamento e tratamento da água é proveniente da radiação solar. Até então, eram utilizadas bombas e geradores que dependiam de combustível para funcionar.

Além da usina solar contribuir para a conservação do Pantanal, o IHP e o Parque Nacional Mato-grossense, gerido pelo ICMBio, terão uma economia anual de mais de R$ 50 mil. O valor era usado para a aquisição de combustível.

“Falamos muito sobre a necessidade de conservação do Pantanal. E, para nós, era muito importante que fizéssemos o dever dentro da nossa própria casa também. Por isso, a contribuição dos nossos parceiros para que este projeto de adoção de energia limpa se tornasse realidade foi fundamental”, afirmou ngelo Rabelo, presidente do IHP.

A instalação dos painéis solares para gerar energia para o bombeamento e tratamento da água vai beneficiar, além do meio ambiente, os funcionários do IHP que moram nas áreas e também todos os visitantes que frequentam as bases do instituto na região, como pesquisadores e turistas que chegam até a região pelo Amolar Experience.

De acordo com o Instituto, a iniciativa, que contou com o apoio da Agromamoré, CENEGED e Energisa, também será fundamental para o reflorestamento das áreas atingidas pelos incêndios de 2020. A água bombeada tem sido utilizada no viveiro de mudas instalado na Serra do Amolar, que tem produzido as mudas que serão plantadas para recuperação da vegetação local.

“O projeto de levar energia solar para o Pantanal nos aproximou de regiões localizadas nas áreas mais remotas e a presença da Energisa não só tem gerado oportunidades com a aplicação de fontes renováveis, mas principalmente, ensinado sobre as necessidades das pessoas que vivem e cuidam do bioma”, disse Marcelo Vinhaes, diretor-presidente da Energisa em Mato Grosso do Sul.

“O Ilumina Pantanal gerou transformação e revolução na vida de indígenas, ribeirinhos, colonos e produtores rurais atendidos pelo programa. A parceria da concessionária com o IHP tornou possível a utilização da energia limpa em um processo de conservação ambiental e geração de renda, ação que está diretamente ligada a um dos principais eixos de negócio da companhia, que é o desenvolvimento sustentável”, concluiu.